segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
DOWNBEAT READERS POLL 2013.
33 Rotações: DOWNBEAT READERS POLL 2013: Divulgada a lista do DownBeat Readers Poll, em sua edição número 78. E o destaque, sem dúvida, é, finalmente, a inclusão do guitarrista ...
DOWNBEAT-78th Readers Poll.
O resultado do 78th Readers Poll da revista Downbeat foi divulgado na página de Gutavo Cunha, http://www.33rotacoes.com.
Nessa versão de 2013 observa-se o sempre mesmo comportamento conservador dos leitores dessa famosa publicação . Confira a lista em www.33rotações.com
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
SAX, ADOLPHE: 199 anos.
Em um 6 de novembro, há 199 anos, nascia na Bélgica o fabricante de instrumentos de sopro Adolphe Sax, inventor do saxofone. O instrumento foi criado em 1840 para bandas militares e alcançou grande popularidade durante a Guerra de Secessão nos Estados Unidos. Com o surgimento do jazz, o sax foi incorporado pelo gênero e inspirou compositores clássicos como Bizet, Ravel e Debussy. A “Sinfonia doméstica” (1903), de Richard Strauss, requer os quatro instrumentos da família de saxofones. No Brasil, o instrumento aparece em obras de Villa-Lobos, Radamés Gnattali e Claudio Santoro. Veja a “Fantasia para saxofone e orquestra”, de Villa-Lobos, com a Orquestra Filarmônica da Eslovênia e Jan Gričar, regência de Simon Krečič.
Fonte: Revista Viva Música.
Fonte: Revista Viva Música.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
HÉRCULES GOMES, Um Pianista Brasileiro, Capixaba.
curso de Música Popular na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), onde se formou bacharel tendo estudado com os professores Paulo Braga, Hilton Valente (Gogô) e Sílvio Baroni.
Apresentou-se em alguns dos mais importantes festivais de música no Brasil e internacionais como o Sixitème Festival International de Musique Universitaire de Marrakech (FIMUM 6) em Marrakech (Marrocos) e o 25º Festival Internacional Jazz Plaza em Havana (Cuba) em 2009, o Festival Brasil Instrumental nas edições de 2005, 2008 e 2010 e o Cascavel Jazz Festival no Paraná em 2004.
Foi premiado nos festivais Fampop (Avaré), Festival Americanta (Americana) e no concurso de piano Guiomar Novaes.
Atuou como produtor musical do espetáculo Jazz Café e do musical Revista de Boteco, além de já ter participado de trabalhos com músicos de renome como Arismar e Thiago do Espirito Santo, Michel Leme, Sizão Machado, Wilson das Neves, Alessandro
Penezzi e Peter Friestedt, dentre outros.
Penezzi e Peter Friestedt, dentre outros.
Em 2009, ao lado do guitarrista sueco Peter Friestedt, participou da gravação do cd “Pech” do X Prêmio Art Suply, promovido pelo conservatório Beethoven.
Como pianista, tecladista e acordeonista, Hercules também tem participações nos seguintes discos: Grupo Gandaiá - Brasilusões ( 2001), Alessandro Penezzi - Abismo de Rosas ( 2001), Grupo Amanajé - Amanajé ( 2004) e Suite Urbana (2010), Guto Brinholi - Pela Porta ( 2004), Eyes of Shiva - Deep ( 2006), João Mendes - Terra das Águas (2006) Grupo Pano pra Manga - Pano pra Manga (2007), Thiago Righi - Aprendendo a Ser Só ( 2008), Joab Augusto - Peregrino ( 2008), Grupo Pech - Pech (2009), Gilberto
França – Viver Bem (2010), dentre outros.
França – Viver Bem (2010), dentre outros.
Atualmente, além participar de trabalhos com grupos de diversos estilos e formações no cenário musical de São Paulo, Hercules desenvolve trabalhos de composições próprias e integra o quarteto de música instrumental brasileira Amanajé com o qual
recentemente gravou o disco Suite Urbana que pode ser baixado gratuitamente no site www.grupoamanaje.com.br . Suite Urbana é o segundo disco do grupo e teve patrocínio da Petrobrás e direção artistica de Arismar do Espirito Santo.
recentemente gravou o disco Suite Urbana que pode ser baixado gratuitamente no site www.grupoamanaje.com.br . Suite Urbana é o segundo disco do grupo e teve patrocínio da Petrobrás e direção artistica de Arismar do Espirito Santo.
(Fonte:Divulgação).
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
TAMY, Mata as Saudades.
Cantora e compositora Tamy apresenta seu 3o álbum, "Caieira", dia 9 de outubro, no Solar de Botafogo
Tamy, lança “Caieira” (Tratore) em única apresentação no Solar de Botafogo (RJ), dia 9 (4af) de outubro, às 21h30. A cantora e compositora sobe ao palco acompanhada por Felipe Pinaud (guitarra), Thiago Silva (bateria), Ronaldo Silva (percussão), Lancaster (baixo) e Ivo Senra (teclado e sanfona), sob a direção musical de Luiz Brasil, que também faz participação especial, ao violão, em algumas músicas.
O repertório do show traz as canções do 3o álbum de Tamy, em sua grande maioria compostas em parceria com grandes músicos, como Lokua Kanza (Mãe África), Roberto Menescal (Me Diz), Donatinho (Discurso Independente), Lili Araujo (Serena) e Francisco Vervloet (Te Esperei).
No show, a cantora também apresenta alguns clássicos do cancioneiro brasileiro, como “Marina”, de Dorival Caymmi e "Canto de Oxum", deVinicius de Moraes e Toquinho. Também estão no repertório algumas musicas dos dois primeiros álbuns de Tamy – “Soul mais bossa" (2005) e "Tamy" (2008). A compositora vai interpretar, pela primeira vez, a canção "Estrellas", parceria de Tamy com o músico uruguaioHugo Fattoruso.
“Caieira”, que vem colhendo elogios da critica especializada, foi produzido por Rodrigo Campello e Francisco Vervloet. O álbum contou com a participação de alguns dos maiores nomes da produção musical brasileira da atualidade, como Kassin, Alberto Continentino, Jaques Morelenbaum, Jr. Tostoi, Jam da Silva, Davi Moraes e Sacha Amback.
Tamy é cantora e compositora capixaba, radicado no Rio de Janeiro e, atualmente, residente em Montevidéu (Uruguai). Seus dois primeiros álbuns - “Soul mais bossa" (2005, Trattore) e "Tamy" (2008, Som Livre) -, foram lançados no Brasil e no exterior, em países como Japão, Inglaterra e Ucrânia. Entre 2005 e 2010, Tamy esteve em turnê em diversos países da Europa, como nos conceituados festivais de verão de Lion e Niort, na Franca; na Inglaterra, no “Brazillian Music Festival”, ao lado de artistas como Os Paralamas do Sucesso e Luiz Melodia; na África, tendo passado pela África do Sul, Moçambique, Angola e Seyshelles.; em Portugal, nas cidades de Lisboa, e Porto, quando fez show com o amigo e DJ carioca Marcelinho da Lua. Em 2012, integrou a programação do festival Europalia, promovido pelo governo da Bélgica, que na ocasião celebrava o Brasil como tema, na cidade de Bruxelas. Com participação em álbuns de músicos como Marcelinho da Lua e Donatinho, em 2010 a canção “Vem Ver” foi tema da novela da TV Globo, Viver a Vida, de autoria de Manoel Carlos.
End: Rua General Polidoro, 180 – Botafogo - RJ
Horário: 21h30
Abertura da Casa: 20h
Capacidade: 160 lugaresDuração: 80 minutos
Tel para informações: (21) 2543-5411Classificação etária: Livre
Preços: R$50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia-entrada*)
*Estudantes, Professores da Rede Pública do Município do Rio de Janeiro e maiores de 60 anos são beneficiários de desconto de 50%. A venda de meia-entrada é direta, pessoal e intransferível e está condicionada ao comparecimento do beneficiário aos pontos de venda, munido de documento original que comprove condição prevista em lei. É obrigatória a apresentação dos documentos também na entrada do espetáculo.
Funcionamento da Bilheteria: terça a domingo de 15h às 22h
Locais de venda de ingressos: Bilheteria da casa ou pelo site: www.ingresso.com <http://www.ingresso.com/> Formas de Pagamento: Dinheiro e Visa EletronAcesso para pessoas portadoras de necessidades especiais em cadeira de rodas.
Horário: 21h30
Abertura da Casa: 20h
Capacidade: 160 lugaresDuração: 80 minutos
Tel para informações: (21) 2543-5411Classificação etária: Livre
Preços: R$50,00 (inteira) / R$ 25,00 (meia-entrada*)
*Estudantes, Professores da Rede Pública do Município do Rio de Janeiro e maiores de 60 anos são beneficiários de desconto de 50%. A venda de meia-entrada é direta, pessoal e intransferível e está condicionada ao comparecimento do beneficiário aos pontos de venda, munido de documento original que comprove condição prevista em lei. É obrigatória a apresentação dos documentos também na entrada do espetáculo.
Funcionamento da Bilheteria: terça a domingo de 15h às 22h
Locais de venda de ingressos: Bilheteria da casa ou pelo site: www.ingresso.com <http://www.ingresso.com/> Formas de Pagamento: Dinheiro e Visa EletronAcesso para pessoas portadoras de necessidades especiais em cadeira de rodas.
Passarim Comunicação e MarketingSilvana Cardoso – (21) 2527-1122 / 9249-0947- silvana.cardoso@gmail.com
(Fonte: Divulgação ).
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Holanda e Bollani, pertos da perfeição. Uma crítica internacional.
Publicado no All About Jazz, categoria Jazz Moderno.
Stefano Bollani / Hamilton de Holanda: O que sera (2013)
By
Published: September 12, 2013
Published: September 12, 2013
Intentional or not, ECM's simultaneously release of Iranian kamencheh master Kayhan Kalhor and Turkish baglama expert Erdal Erzincan's Kula Kulluk Yakişir Mi (2013) with O que será, which captures a positively electrifying 2012 performance by efferverscent Italian pianist Stefano Bollani and Brazilian bandolim virtuoso Hamilton de Holanda, does more than merely celebrate the intimate potential of the duo. Variants, they may be, but there are also timbral similarities between de Holanda's bandolim (mandolin) and Erzincan's baglama (saz) in their use of doubled (or, in the case of the baglama, sometimes tripled) strings.
There, however, the comparisons end. Previous ECM recordings including his aptly named Piano Solo (2007) and more recent trio date, Stone in the Water (2009), have demonstrated both Bollani's knowledge and virtuosity, transcending reductionist labels—even ones as broad-scoped as jazz—to draw upon sources ranging from classical to pop, along with his ongoing interest in Brazilian music. But it's been on duo recordings like Orvieto (2011), with one-time influenceChick Corea, and The Third Man (2008), with fellow Italian and one-time mentor Enrico Rava, that the pianist has most assuredly demonstrated a career-defining ability to imbue music with both humor and joie du vivre while being, at the same time, capable of profound depth: sometimes staggeringly complex, elsewhere unyieldingly beautiful.
With de Holanda—equally expansive in range and a star in his own right, having collaborated with everyone from Richard Galliano to Bela Fleck—Bollani has, perhaps, found the perfect partner. Not only does de Holanda possess similar instrumental mastery, but he is as capable of pushing Bollani to turn on a dime as the pianist is in driving the mandolinist to change directions at thought-speed, the pair occasionally throwing in seeming non sequiturs that invariably reveal themselves as anything but.
O que seráis like watching two hyperkinetic kids in a musical candy store, looking to sample everything they can get their hands on. On pieces like Bollani's "Il Barbone Di Siviglia, (The Tramp of Seville)" and the frenetic closer, "Apanhei-te Cavaquinho" there's an exciting sense of the two playing constant cat-and mouse, Bollani breaking away from form into a high-speed passage of unfettered freedom only to get pulled back in by de Holanda, as if to say "catch up!" The mischief is palpable; it's almost possible to see the two grinning at each other madly as they interact, sometimes at speeds that would be considered impossible were they not here to be heard.
But an overarching sense of humor and relentless synchronicity don't mean that Bollani and de Holanda aren't capable of greater sensitivity. The duo's opening look at "Beatriz" is short and sweet, while Antonio Carlos Jobim's "Luiza" and {Astor Piazzolla}}'s "Oblivion" are, if not totally serious, then at least clearly reverential, as the two instruments engage at a near-mitochondrial level.
The inclusion of audience reactions throughout the show help make O que sera a breathtaking 54-minute break from life's trials and tribulations; as close to being there as any audio recording can be, it's proof positive that serious music can be fun, too.
Track Listing: Beatriz; Il Barbone di Seviglia; Caprichos de Espanha; Guarda Che Luna; Luiza; O Que Será; Rosa; Canto de Ossanha; Oblivión; Apanhei-te Cavaquinho.
Personnel: Stefano Bollani: piano; Hamilton de Holanda: bandolim.
Record Label: ECM Records
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Ralph Burns : Arquiteto do Jazz.
Revi na TV parte de “New York, New York”( Martin Scorsese) com Lisa Minelli, onde faz um número fantástico com Larry Kert (cantor na montagem original de West Side Story na Broadway) em “Happy Endings”. O outro ator é Robert De Niro, dublado no sax tenor pelo vigoroso Georgie Auld, um músico da era Swing, tendo tocado com Benny Goodman, Count Basie, além de ter tido sua própria banda.
O bom mesmo nesse flashback foi curtir a banda e os arranjos de Ralph Burns (1922-2001) um tremendo band leader e compositor que deixou sua marca em vários momentos do jazz, principalmente com a banda de Woody Herman. O Oscar do cinema ele levou duas vezes para casa: Bob Fosse dirigiu “Cabaret” e “All That Jazz” e as trilhas de Burns levaram as estatuetas.
O melhor de Burns é uma curiosidade: quem conhece um pouco de momentos do jazz, arte tão novinha, sabe que “Early Autumm”, com os Four Brothers (na formação, Al Cohn, Serge Chaloff ,Herbie Steward e, o novato Stan Getz) composição do próprio Burns, gravado na banda de Woody Herman, é um dos momentos mais delicados e melodiosos do swing, com improvisos fantásticos. Acontece que o improviso de Stan Getz , que o notabilizou à época, foi escrito, nota à nota, pelo próprio Ralph Burns. Assim é o jazz, cheio de malandragens.
KÁTIA NO PALCO DO SESI, SÁBADO, 14, 20H.
I Got Rhythm com Kátia Rocha
Um quê de Ella Fitzgerald, com toques de Milton Nascimento clássico e o groove de George Duke. Esse é o clima do show I Got Rhythm, que a cantora e saxofonista Katia Rochaapresenta em setembro no Teatro SESI, dentro do projeto Luzes e Aplausos. Katia, que recentemente lançou seu quarto CD solo, Hoje o samba saiu, reuniu no repertório o que o jazz tem de melhor: standards inesquecíveis com as influências que ele foi buscando pelo mundo, como a música brasileira, e pitadas de outros ritmos negros, do soul ao funk. Round midnight (Thelonious Monk, Cootie Williams e Bernie Hanighen) divide espaço com Bonita (Tom Jobim e Ray Gilbert), Summertime (George Gershwin e Dubose Heyward) está ao lado de Ave rara (Edu Lobo e Aldir Blanc), Nature boy(Eden Ahbez) se espelha em Mas que nada (Jorge Benjor). Some-se a isso um trio de primeira: Rogério Bezerra no piano e arranjos, Hugo Maciel nos baixos acústico e elétrico, eMarlon Aloyr na bateria.Participação dos guitarristas: Rodolfo Simor, Gean Pierre e Victor Humberto.
sábado, 7 de setembro de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Hamilton de Holanda: A Universalização do Choro, Choro ?
O novo disco de Hamilton de Holanda “Mundo de Pixinguinha” comprova o arrojo desse genial instrumentista ao agregar parceiros internacionais para homenagear um dos mais emblemáticos compositores brasileiros.
O carioca Hamilton de Holanda, criado em Brasília, cidade que revigorou o gênero choro nos anos 80, voltou para o Rio na década de 1990 como um exímio bandolinista e, hoje, pertence ao mundo.
Hamilton de Holanda é um dos mais primorosos instrumentistas em atividade no mundo. Um craque. Seu vigor passeia numa música que se poderia chamar de jazz, de pop, ou mesmo choro. Mas o poder inventivo desse músico de apenas 37 anos, provoca um espaço onde a interação de matrizes diversas permite apenas a criatividade e declarações de procedências comuns.
Choro? O que toca Hamilton de Holanda? O Choro o revelou. Rebelde pop rock, sim, quando o vi pela primeira vez em Vitória, ES. Foi o tempo do “Deixa”, de Baden e Vinícius, tema esse que ele amalgamou e partiu para uma nova era da música instrumental brasileira. O choro, a partir daí, sorriu. Há pouco tempo, despojado, tocou em praça pública, no Largo do Machado, RJ. Sempre com uma combustão extraordinária no palco, com Marcel Powell, e, no chão num cadeira de praia o Yamandu Costa espectador, de olhos escancarados.
No lançamento do CD “Mundo de Pixinguinha”ele era soberano ao receber no palco do Net Rio o genial italiano Stefano Bollani, o francês Richard Galliano, ou mesmo a Mestra Odette Dias, aos 84 anos. HH já não nos pertence. Assim foi quando Tom dividiu a cena com Frank Sinatra, ou, João Gilberto com Stan Getz. Aí, já não era Bossa Nova, assim como agora já não há choro com HH. Há sim, música universal, entrelaçada, união do Velho Mundo, com a África e, o nosso continente americano.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Esbarrando em Celebridades: Lula Galvão.
Esbarrei em Lula Galvão nessa
manhã num mercado em Copacabana, curiosamente na seção de mariscos. Gosto de moderados alardes junto a
personalidades a quem devoto meu espírito a admirá-los nessa curta vida; refiro-me
a músicos, afinal, tenho propriedade no assunto. Após a inusitada abordagem com
a prosaica exclamação “Lula??”, a gente relaxa e logo fui avisando que o
identifiquei não pelos cabelos brancos, mas sim pelas unhas da mão direita. “Você
também toca?” Aquele “também” me relaxou, pois disse uma porção de besteiras. Bem,
contou ele que na noite anterior havia tocado com o Edu Lobo no Municipal e que
estava rumando para Colômbia e países vizinhos com a Rosa Passos. Depois iria
para uma turnê na Itália com Jacques Morelenbaum. Cheio de marra. eu disse que
tinha assistido a esse excepcional espetáculo, com Rafael Barata, no Solar
Botafogo, e do dele com Rosa Passos no espaço do BNDES, além do Edu Lobo no
Casa Grande. Moral: Rosa Passos e Lula Galvão, além de Jacques Morelenbaum e Rafael Barata são meus baratos e, ponto final.
Tenho certeza que o artista
esbarrado com delicadeza não se incomodará em ouvir algo como, caramba, você é
bom pra caralho, estou na sua trilha há anos, décadas. Com delicadeza e educação
eles acabam entrando no papo. Foi o caso quando assediei Sérgio Ricardo e expus
minha admiração por ele desde meus 13 anos. Bastou-me ouvir: Meu caro é uma
merda ter 80 anos.
Em Vitória, sábado último,
portando duas sacolas plásticas com suculentos lanches, esbarrei-me com o
violonista Jorge Tarzan numa rua da Praia do Canto em busca de uma vaga
adequada para seu carro: ele estava prestes a começar seu show com a cantora
Andréa Ramos; acabou arrastando-me para
a casa de shows ainda vazia. Tive o prazer de curtir o início daquela sessão de
samba e bossa nova e ainda sugerir alguns temas, mesmo com as sacolas em punho. Minha
admiração foi devidamente expressa ao constatar que os dois, além de perfeita
harmonia em suas execuções, pareciam dois irmãos, fisicamente idênticos.
Concluo que nada mais sublime e
abençoado nessa vida é você esbarrar com pessoas queridas, íntimas, ou não,
conhecidas ou não, e poder trocar por poucos momentos uma sincera alegria que
uma ou outra propicia entre elas por muito tempo.
domingo, 25 de agosto de 2013
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
O MELHOR DO DOMINGO : SAMBA NO WUNDERBAR.
ANDRÉA RAMOS:
"DOMINGO É DIA DE OUVIR NOSSO SOM NO PROJETO SAMBA BOM DO WUNDERBAR KAFFE. À PARTIR DAS 13:00Hs ESTAMOS LÁ, EU, EDU SZAJNBRUM, JORGE TARZAN E WANDERSON LOPEZ".
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
terça-feira, 13 de agosto de 2013
domingo, 11 de agosto de 2013
segunda-feira, 15 de julho de 2013
ECAD: Nem Os Músicos se Entendem.
Nessa confusão de grupo de artistas tendo à frente Caetano Veloso, Roberto Carlos e outros medalhões que fizeram lobby no Senado para aprovar lei que autoriza o Governo a fiscalizar a ECAD, há muita confusão entre diversos autores, entre eles Ronaldo Bastos e, Fernando Brandt. Aqui uma reação de Rescala ao posicionamento de Brandt.(Texto extraído do blog GRITA, publicado por Sérgio Ricardo).
RELATO AOS AMIGOS DOS “INIMIGOS”
TIM RESCALA
Diz o ditado que uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade. É preciso, pois, dar uma resposta a quem pretende criar desunião, confusão, discórdia, para tentar se defender do indefensável. O texto de Fernando Brant, que representa sua Editora Três Pontas na presidência da UBC, um suposto relato da reunião que aconteceu entre os grupos pró e contra a reforma da gestão coletiva no Brasil, é lamentável sob todos os aspectos. Em primeiro lugar porque não reflete os fatos. Em segundo porque, no lugar de debater o assunto, apenas desfere ataques pessoais. Esse, aliás, costuma ser o modus operandi do ECAD e das sociedades, quando criticados por sua atuação. Contra fatos, documentos, provas cabais, não há muito o que dizer, ou fazer, não é verdade? Apenas ofender. Mas não podemos admitir isso. Observemos, então, a grande distância entre o que Fernando diz e os fatos.
Fernando se apresenta como alguém sempre disposto ao diálogo, mas não conta que tivemos que insistir muito para que ele aceitasse se reunir conosco, o que pode ser facilmente comprovável pelos e-mails trocados entre ele e nós. Podemos torná-los públicos, aliás, se as meias-verdades continuarem a ser espalhadas ao vento. Fernando não conta que, além de relutar, impôs condições. Até um determinado momento, não tinha disponibilidade em sua agenda. Mas, desde que se apresentou a possibilidade de uma reunião apenas de artistas, sem advogados, passou a ter. Não entendi muito bem essa restrição, visto que ECAD e sociedades têm advogados saindo pelo ladrão. Ocorre, porém, e isso Fernando não conta, que outro participante da reunião, Danilo Caymmi, diretor da Abramus, iria acompanhado de Antonio Carlos Bigonha, que se apresentou como compositor, mas que também é procurador da república. Ora, se pode um procurador da república, por quê não pode um advogado? Foi assim que se ampliou a reunião para artistas, advogados, empresários, enfim, quem quisesse ou fosse indicado para participar.
Mas em seu “relato” Fernando ocupa-se em ofender a advogada Vanisa Santiago, referindo-se a uma das advogadas que integram o nosso grupo, o GAP-Grupo de Ação Parlamentar Pró-Música, como ” senhora vingativa, rainha do ódio”. Ora, por quê será que Fernando tem tanto ódio ou medo de uma senhora de 77 anos, extremamente gentil, educada, de uma inteligência impressionante, conhecedora, como poucos, do funcionamento da gestão coletiva, não só no Brasil, mas também no mundo todo? Seria pelo fato dela ter sido testemunha ocular da história? Fica a indagação.
Fernando segue desferindo ataques, chamando o senador Randolf Rodrigues, presidente da CPI do ECAD, de “deslumbrado”. Justamente um dos senadores que se destaca como um dos mais ativos e combativos, elogiado até pelos adversários políticos? Dá para entender a razão das ofensas, mas não dá para aceitar. E isso contrasta com a forma gentil que Fernando foi recebido na casa de Gil, onde aconteceu a reunião, mesmo que ele o tenha chamado de “exterminador de criadores” quando Gil ocupou o ministério da cultura e iniciou todo esse processo de discussão da lei do direito autoral.
Em seguida, Fernando narra sua chegada à reunião na casa de Gil, insinuando que a empresária Paula Lavigne puxou-o para um canto e que, a partir desse gesto, que desconhecemos e cujo significado não arrisco atingir, começou a entender o que se passaria. Nenhum de nós foi testemunha desse momento citado por ele. Mas, como a reunião foi toda gravada, poderemos demonstrar facilmente que isso não aconteceu, assim como poderemos dirimir qualquer dúvida da classe e da opinião pública sobre como essa reunião, de fato, se deu. Veremos se isso será necessário.
Fernando comenta então que lhe pediram para falar e ele, como sempre faz, se remete à famigerada cláusula pétrea da constituição, que supostamente impede a fiscalização. Diz, para nossa surpresa, que a aceitaria de bom grado, se não fosse por isso. Ora, se é assim, não há mais o que polemizar. Está resolvido o problema. Pois a cláusula a qual ele se refere não é tão pétrea assim, como eu demonstrei na reunião, mas que ele esqueceu de citar em seu ” relato”. Aliás, quando costuma citar a cláusula, ele também se esquece de citar uma expressão entre vírgulas, muito significativa, que já expõe que a coisa não é bem assim como ele diz: “na forma da lei”. O texto da constituição, sem omissões oportunistas, diz em seu artigo 5:
“XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento”.
Quando um princípio constitucional usa a expressão “na forma da lei” quer dizer que se regula pela lei infraconstitucional, ou seja pelo código civil ou pela prória lei do diteito autoral. Outra coisa que o Fernando se esquece de citar é o artigo 45 do códico Civil, que diz:
Fernando se apresenta como alguém sempre disposto ao diálogo, mas não conta que tivemos que insistir muito para que ele aceitasse se reunir conosco, o que pode ser facilmente comprovável pelos e-mails trocados entre ele e nós. Podemos torná-los públicos, aliás, se as meias-verdades continuarem a ser espalhadas ao vento. Fernando não conta que, além de relutar, impôs condições. Até um determinado momento, não tinha disponibilidade em sua agenda. Mas, desde que se apresentou a possibilidade de uma reunião apenas de artistas, sem advogados, passou a ter. Não entendi muito bem essa restrição, visto que ECAD e sociedades têm advogados saindo pelo ladrão. Ocorre, porém, e isso Fernando não conta, que outro participante da reunião, Danilo Caymmi, diretor da Abramus, iria acompanhado de Antonio Carlos Bigonha, que se apresentou como compositor, mas que também é procurador da república. Ora, se pode um procurador da república, por quê não pode um advogado? Foi assim que se ampliou a reunião para artistas, advogados, empresários, enfim, quem quisesse ou fosse indicado para participar.
Mas em seu “relato” Fernando ocupa-se em ofender a advogada Vanisa Santiago, referindo-se a uma das advogadas que integram o nosso grupo, o GAP-Grupo de Ação Parlamentar Pró-Música, como ” senhora vingativa, rainha do ódio”. Ora, por quê será que Fernando tem tanto ódio ou medo de uma senhora de 77 anos, extremamente gentil, educada, de uma inteligência impressionante, conhecedora, como poucos, do funcionamento da gestão coletiva, não só no Brasil, mas também no mundo todo? Seria pelo fato dela ter sido testemunha ocular da história? Fica a indagação.
Fernando segue desferindo ataques, chamando o senador Randolf Rodrigues, presidente da CPI do ECAD, de “deslumbrado”. Justamente um dos senadores que se destaca como um dos mais ativos e combativos, elogiado até pelos adversários políticos? Dá para entender a razão das ofensas, mas não dá para aceitar. E isso contrasta com a forma gentil que Fernando foi recebido na casa de Gil, onde aconteceu a reunião, mesmo que ele o tenha chamado de “exterminador de criadores” quando Gil ocupou o ministério da cultura e iniciou todo esse processo de discussão da lei do direito autoral.
Em seguida, Fernando narra sua chegada à reunião na casa de Gil, insinuando que a empresária Paula Lavigne puxou-o para um canto e que, a partir desse gesto, que desconhecemos e cujo significado não arrisco atingir, começou a entender o que se passaria. Nenhum de nós foi testemunha desse momento citado por ele. Mas, como a reunião foi toda gravada, poderemos demonstrar facilmente que isso não aconteceu, assim como poderemos dirimir qualquer dúvida da classe e da opinião pública sobre como essa reunião, de fato, se deu. Veremos se isso será necessário.
Fernando comenta então que lhe pediram para falar e ele, como sempre faz, se remete à famigerada cláusula pétrea da constituição, que supostamente impede a fiscalização. Diz, para nossa surpresa, que a aceitaria de bom grado, se não fosse por isso. Ora, se é assim, não há mais o que polemizar. Está resolvido o problema. Pois a cláusula a qual ele se refere não é tão pétrea assim, como eu demonstrei na reunião, mas que ele esqueceu de citar em seu ” relato”. Aliás, quando costuma citar a cláusula, ele também se esquece de citar uma expressão entre vírgulas, muito significativa, que já expõe que a coisa não é bem assim como ele diz: “na forma da lei”. O texto da constituição, sem omissões oportunistas, diz em seu artigo 5:
“XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento”.
Quando um princípio constitucional usa a expressão “na forma da lei” quer dizer que se regula pela lei infraconstitucional, ou seja pelo código civil ou pela prória lei do diteito autoral. Outra coisa que o Fernando se esquece de citar é o artigo 45 do códico Civil, que diz:
“Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo.”
Fora isso há ainda um agravante que torna a defesa da cláusula pétrea um tiro no próprio pé do ECAD. A lei que criou o órgão, a 5.988/73, é anterior à constituição, que é de 1988. Mas a mesma lei criou o CNDA para fiscalizá-lo. Ora, se é verdade que a carta magna de 88 diz que o CNDA não poderia existir e que não pode haver fiscalização estatal da gestão, vale dizer também que o próprio ECAD não poderia existir, já que foi criado pela mesma lei. O Fernando vai sustentar isso ? Será que é ele quem quer acabar com o ECAD?
Fora isso há ainda um agravante que torna a defesa da cláusula pétrea um tiro no próprio pé do ECAD. A lei que criou o órgão, a 5.988/73, é anterior à constituição, que é de 1988. Mas a mesma lei criou o CNDA para fiscalizá-lo. Ora, se é verdade que a carta magna de 88 diz que o CNDA não poderia existir e que não pode haver fiscalização estatal da gestão, vale dizer também que o próprio ECAD não poderia existir, já que foi criado pela mesma lei. O Fernando vai sustentar isso ? Será que é ele quem quer acabar com o ECAD?
A constituição é de 88 e o CNDA só parou de atuar em 90. O órgão então funcionou durante dois anos ferindo a constituição? Este teve suas funções esvaziadas não por causa da constituição de 98, mas porque em 90 o governo Collor promoveu uma reforma administrativa, acabando com vários órgãos, como a Embrafilme e o próprio Ministério da Cultura. Fernando também se esqueceu disso.
Mas, como o letrista já disse que aceita a fiscalização, desde que não fira a constituição, nem precisaremos mais nos preocupar com esta questão. Podemos então acreditar que o ele, ou melhor, a UBC, quer dizer, o ECAD, não vão entrar com uma ADIN no STF. Mas, caso mudem ideia e façam isso, não há problema. Já estamos preparados para derrubar qualquer tese contrária à fiscalização, munidos, aliás, de documentos do próprio ECAD. Aí vamos saber se de fato Fernando e seu amigos concordam com a fiscalização, mas lamentam que ela não seja possível ou se fogem dela como o diabo foge da cruz. Sigamos, então, com o “relato” do letrista Fernando Brant.
Ele diz que só o autor pode fixar o preço para sua obra, segundo diz a constituição e que, por isso, o estado não poderia intervir. Mas quem foi que falou que o estado vai definir algum preço? Onde está escrito isso no substitutivo aprovado no senado e na câmara? Como isso não existe no texto, passemos a outro ponto.
Fernando diz então que defende que o autor fiscalize a gestão, como se isso fosse possível. Ele sabe muito bem que a fiscalização da gestão coletiva pelo estado existe no mundo todo. Autofiscalização não existe, é uma falácia. Não fosse assim o ECAD não teria sido criado junto com o CNDA para fiscalizá-lo. E se isso desse certo não estaríamos na situação em que estamos, com uma série infindável de denúncias de fraudes, pois é justamente isso que acontece. Na gestão, como está hoje, é o autor, representado pela sua sociedade, que exerce a tal “fiscalização”. E qual é o autor que, de fato, tem poderes de fiscalizar alguma coisa, se a gestão é feita há 25 anos pelas mesmas pessoas, representando editoras multinacionais? Não é preciso ir mais longe, não é?
O letrista segue sua defesa, citando também o procurador Bigonha, como se sua argumentação tivesse convencido alguém. Coloca-se, então, como vítima, como um alvo de fuzilamento. Ora, Fernando, quem preside uma sociedade majoritária do ECAD há anos tem que estar preparado para isso, principalmente se toda a gestão está sendo questionada há muito tempo, tendo um índice de rejeição absurdo, não só na classe musical, mas em toda a sociedade. É interessante notar que as críticas mais inflamadas não partiram de nós, que estamos envolvidos com a questão há bastante tempo, mas sim de artistas que fizeram questionamentos e que não tiveram nenhuma resposta plausível e aceitável. Isso o Fernando não cita. Se as respostas fossem satisfatórias, será que o letrista seria “fuzilado”, como diz? Mas isso tudo pode ser checado na gravação da reunião.
Fernando segue dizendo que tentou explicar que o peso do voto dos autores nas eleições da UBC é de 95%, mas não foi ouvido. Mas faltou ele dizer que vota duas vezes na assembleia da UBC, como pessoa física e como pessoa jurídica, e assim fazem os outros diretores, com destaque para o superintende, Sr. Perdomo, que chega a votar sete vezes, representando subeditoras da EMI diferentes. Não seria interessante fornecer esse “detalhe”? Talvez não, pois aí o fuzilamento seria com 5 pelotões.
Fernando fala então de “explanações maliciosas e mentirosas de alguns”. Não sei se refere às feitas por mim, já que apenas citei dados do relatório de 2012 do ECAD. Se essas informações são mentirosas, o mentiroso não sou eu.
Cita, então, que estava em curso um golpe, pois teríamos dito que não tínhamos acesso ao substitutivo do senado. Ora, se o texto seria lido no dia 26 e a reunião foi no dia 17, como poderíamos discuti-lo em detalhes? Essa discussão só poderia ser feita após a leitura do texto pelo senador Humberto Costa, relator do projeto, fazendo a análise dele do PLS 129 original. Mas as nossas posições já são plenamente conhecidas, aliás, desde dezembro de 2007, quando começaram os seminários sobre direito autoral, promovidos pelo MinC na era Gil. E o ECAD sempre foi contra elas, ou seja, contra a fiscalização por parte do estado, com ou sem cláusula pétrea.
É preciso informar à classe que muito tempo antes da leitura no dia 26, os representantes do ECAD já estavam realizando seu famoso e pesado lobby no congresso, já anunciando que pediriam vistas de um projeto que disseram desconhecer. O que será, então, por definição, um golpe? Nós enviamos nossas sugestões ao relator, como também fizeram os representantes dos usuários. O ECAD poderia ter feito o mesmo. Por quê não fez ?
Fernando diz que os empresários de Caetano e Roberto Carlos já estavam no dia 18 em Brasília conspirando. Mas eles estavam lá para tratar de outros assuntos, que não o direito autoral. Mas os representantes do ECAD, esses sim, é que estavam em peso em Brasília . Só começaram a bater em retirada quando viram que seriam derrotados.
Fernando diz que “os artistas presentes ao Senado, que não vivem de direitos autorais mas de shows, desprezaram os quase duzentos mil brasileiros que vivem de direitos autorais de execução pública”. Não, Fernando. Quem despreza os autores que pouco ou nada recebem é o ECAD e as sociedades, que inventam as mais variadas e absurdas regras, que estão apenas em seu regulamento interno e não são divulgadas, deixando-os fora da distribuição. Dos 573 mil titulares cadastrados no ECAD, apenas 106 mil recebem. E desses, 65 mil são estrangeiros. Como se explica isso ?
O letrista segue dizendo que os autores “trabalham para os que usam música e não querem pagar o que devem”. Mas ele não cita que o valor cobrado é absurdo, sem paralelo em nenhum lugar do mundo e que, mesmo assim, os usuários pagam em juízo, e o ECAD não deixa de levantar o valor incontroverso. Não cita também que as TVs são responsáveis por 35% de tudo o que o ECAD recebe. É pouco ? Deixa de citar também que eles, os diretores das sociedades, lado a lado com as multinacionais que estão nas sociedades majoritárias, fazendo valer seus interesses pela enorme arrecadação que têm. Que tal citar quem implementou esse critério? Deixo a você, Fernando, a tarefa de dar esta informação.
Fernando diz que Google e telefônicas se negam a garantir direitos. O Google tem que pagar sim, mas não para o ECAD, que está habilitado pela lei a receber só por execução pública. Mas cobrou e recebeu.
Quem “labora para destruir o braço que arrecada”, Fernando, são vocês, que transformaram o ECAD, criado apenas para arrecadar e distribuir, numa organização que persegue sempre, e de forma desenfreada, a maior arrecadação possível, tentando justificar pagamentos de bônus para seus funcionários. Isso sim é vergonhoso.
Fernando segue suas ofensas, chamando de medíocre o antropólogo do MinC, certamente se referindo a Marcos Souza, dizendo que este quer nos destruir para depois nos estudar. Bem, diante de tamanha paranoia persecutória não há muito o que comentar, só a lamentar.
A voz dos colegas não foi desprezada não, Fernando. O que os colegas precisam é de esclarecimento. Precisam saber como o ECAD e as sociedades de fato funcionam. Mas vocês tentam evitar isso ao máximo, agindo, aí sim, de forma totalitária. Uma massa ignorante é muito fácil de manipular, não é ? Mas quando os artistas começam a entender como as coisas de fato funcionam, ficam revoltados mesmo. Esses artistas, principalmente os que assinaram inadvertidamente os manifestos pró-ECAD, estão aos poucos se inteirando das coisas, se informando, lendo nas entrelinhas, procurando saber mais do que vocês gostariam.
Não somos nós que demos golpe, Fernando. São vocês, encastelados nas diretorias das sociedades que nos golpeiam diariamente. Estamos abraçando personagens condenados pela praça pública? E quem o ECAD abraça e enlaça nos três poderes constituídos? Vamos fazer uma lista?
A discussão que Fernando disse que ficamos devendo começou, na verdade, em dezembro de 2007, no primeiro seminário promovido pelo MinC. ECAD e sociedades sempre foram convidados e lá estiveram. Um projeto foi elaborado, depois de uma consulta pública, cujo prazo foi prolongado. De lá até aqui são cinco anos. Não é tempo suficiente?
Da leitura do projeto, no dia 26, até a votação na CCJ, deu-se uma semana. O ECAD teve tempo suficiente para apresentar emendas, tanto que o fez. E algumas foram aceitas. Como, então, Fernando Brant diz que houve um golpe e que não houve tempo para discussão e envio de propostas? Será que ele quer se justificar por não ter estado lá? Ou então pelo fato do ECAD, mesmo dispondo de 25 profissionais em seu departamento jurídico e mais 53 escritórios terceirizados contratados, não ter tido competência e agilidade para fazer propostas ? Ou será que todo esse staff estava mais ocupado e interessado nas 5.155 ações na justiça, na quais os ECAD está envolvido, e que geraram no ano passado 185 milhões? A movimentação que aconteceu no senado no dia 3 de julho foi histórica . A classe acordou, Fernando. Cansou-se de ser enganada. Falta agora o ECAD acordar, descer de seu pedestal inatingível, seu castelo inexpugnável, e trabalhar, de fato, para os autores.
Mas, como o letrista já disse que aceita a fiscalização, desde que não fira a constituição, nem precisaremos mais nos preocupar com esta questão. Podemos então acreditar que o ele, ou melhor, a UBC, quer dizer, o ECAD, não vão entrar com uma ADIN no STF. Mas, caso mudem ideia e façam isso, não há problema. Já estamos preparados para derrubar qualquer tese contrária à fiscalização, munidos, aliás, de documentos do próprio ECAD. Aí vamos saber se de fato Fernando e seu amigos concordam com a fiscalização, mas lamentam que ela não seja possível ou se fogem dela como o diabo foge da cruz. Sigamos, então, com o “relato” do letrista Fernando Brant.
Ele diz que só o autor pode fixar o preço para sua obra, segundo diz a constituição e que, por isso, o estado não poderia intervir. Mas quem foi que falou que o estado vai definir algum preço? Onde está escrito isso no substitutivo aprovado no senado e na câmara? Como isso não existe no texto, passemos a outro ponto.
Fernando diz então que defende que o autor fiscalize a gestão, como se isso fosse possível. Ele sabe muito bem que a fiscalização da gestão coletiva pelo estado existe no mundo todo. Autofiscalização não existe, é uma falácia. Não fosse assim o ECAD não teria sido criado junto com o CNDA para fiscalizá-lo. E se isso desse certo não estaríamos na situação em que estamos, com uma série infindável de denúncias de fraudes, pois é justamente isso que acontece. Na gestão, como está hoje, é o autor, representado pela sua sociedade, que exerce a tal “fiscalização”. E qual é o autor que, de fato, tem poderes de fiscalizar alguma coisa, se a gestão é feita há 25 anos pelas mesmas pessoas, representando editoras multinacionais? Não é preciso ir mais longe, não é?
O letrista segue sua defesa, citando também o procurador Bigonha, como se sua argumentação tivesse convencido alguém. Coloca-se, então, como vítima, como um alvo de fuzilamento. Ora, Fernando, quem preside uma sociedade majoritária do ECAD há anos tem que estar preparado para isso, principalmente se toda a gestão está sendo questionada há muito tempo, tendo um índice de rejeição absurdo, não só na classe musical, mas em toda a sociedade. É interessante notar que as críticas mais inflamadas não partiram de nós, que estamos envolvidos com a questão há bastante tempo, mas sim de artistas que fizeram questionamentos e que não tiveram nenhuma resposta plausível e aceitável. Isso o Fernando não cita. Se as respostas fossem satisfatórias, será que o letrista seria “fuzilado”, como diz? Mas isso tudo pode ser checado na gravação da reunião.
Fernando segue dizendo que tentou explicar que o peso do voto dos autores nas eleições da UBC é de 95%, mas não foi ouvido. Mas faltou ele dizer que vota duas vezes na assembleia da UBC, como pessoa física e como pessoa jurídica, e assim fazem os outros diretores, com destaque para o superintende, Sr. Perdomo, que chega a votar sete vezes, representando subeditoras da EMI diferentes. Não seria interessante fornecer esse “detalhe”? Talvez não, pois aí o fuzilamento seria com 5 pelotões.
Fernando fala então de “explanações maliciosas e mentirosas de alguns”. Não sei se refere às feitas por mim, já que apenas citei dados do relatório de 2012 do ECAD. Se essas informações são mentirosas, o mentiroso não sou eu.
Cita, então, que estava em curso um golpe, pois teríamos dito que não tínhamos acesso ao substitutivo do senado. Ora, se o texto seria lido no dia 26 e a reunião foi no dia 17, como poderíamos discuti-lo em detalhes? Essa discussão só poderia ser feita após a leitura do texto pelo senador Humberto Costa, relator do projeto, fazendo a análise dele do PLS 129 original. Mas as nossas posições já são plenamente conhecidas, aliás, desde dezembro de 2007, quando começaram os seminários sobre direito autoral, promovidos pelo MinC na era Gil. E o ECAD sempre foi contra elas, ou seja, contra a fiscalização por parte do estado, com ou sem cláusula pétrea.
É preciso informar à classe que muito tempo antes da leitura no dia 26, os representantes do ECAD já estavam realizando seu famoso e pesado lobby no congresso, já anunciando que pediriam vistas de um projeto que disseram desconhecer. O que será, então, por definição, um golpe? Nós enviamos nossas sugestões ao relator, como também fizeram os representantes dos usuários. O ECAD poderia ter feito o mesmo. Por quê não fez ?
Fernando diz que os empresários de Caetano e Roberto Carlos já estavam no dia 18 em Brasília conspirando. Mas eles estavam lá para tratar de outros assuntos, que não o direito autoral. Mas os representantes do ECAD, esses sim, é que estavam em peso em Brasília . Só começaram a bater em retirada quando viram que seriam derrotados.
Fernando diz que “os artistas presentes ao Senado, que não vivem de direitos autorais mas de shows, desprezaram os quase duzentos mil brasileiros que vivem de direitos autorais de execução pública”. Não, Fernando. Quem despreza os autores que pouco ou nada recebem é o ECAD e as sociedades, que inventam as mais variadas e absurdas regras, que estão apenas em seu regulamento interno e não são divulgadas, deixando-os fora da distribuição. Dos 573 mil titulares cadastrados no ECAD, apenas 106 mil recebem. E desses, 65 mil são estrangeiros. Como se explica isso ?
O letrista segue dizendo que os autores “trabalham para os que usam música e não querem pagar o que devem”. Mas ele não cita que o valor cobrado é absurdo, sem paralelo em nenhum lugar do mundo e que, mesmo assim, os usuários pagam em juízo, e o ECAD não deixa de levantar o valor incontroverso. Não cita também que as TVs são responsáveis por 35% de tudo o que o ECAD recebe. É pouco ? Deixa de citar também que eles, os diretores das sociedades, lado a lado com as multinacionais que estão nas sociedades majoritárias, fazendo valer seus interesses pela enorme arrecadação que têm. Que tal citar quem implementou esse critério? Deixo a você, Fernando, a tarefa de dar esta informação.
Fernando diz que Google e telefônicas se negam a garantir direitos. O Google tem que pagar sim, mas não para o ECAD, que está habilitado pela lei a receber só por execução pública. Mas cobrou e recebeu.
Quem “labora para destruir o braço que arrecada”, Fernando, são vocês, que transformaram o ECAD, criado apenas para arrecadar e distribuir, numa organização que persegue sempre, e de forma desenfreada, a maior arrecadação possível, tentando justificar pagamentos de bônus para seus funcionários. Isso sim é vergonhoso.
Fernando segue suas ofensas, chamando de medíocre o antropólogo do MinC, certamente se referindo a Marcos Souza, dizendo que este quer nos destruir para depois nos estudar. Bem, diante de tamanha paranoia persecutória não há muito o que comentar, só a lamentar.
A voz dos colegas não foi desprezada não, Fernando. O que os colegas precisam é de esclarecimento. Precisam saber como o ECAD e as sociedades de fato funcionam. Mas vocês tentam evitar isso ao máximo, agindo, aí sim, de forma totalitária. Uma massa ignorante é muito fácil de manipular, não é ? Mas quando os artistas começam a entender como as coisas de fato funcionam, ficam revoltados mesmo. Esses artistas, principalmente os que assinaram inadvertidamente os manifestos pró-ECAD, estão aos poucos se inteirando das coisas, se informando, lendo nas entrelinhas, procurando saber mais do que vocês gostariam.
Não somos nós que demos golpe, Fernando. São vocês, encastelados nas diretorias das sociedades que nos golpeiam diariamente. Estamos abraçando personagens condenados pela praça pública? E quem o ECAD abraça e enlaça nos três poderes constituídos? Vamos fazer uma lista?
A discussão que Fernando disse que ficamos devendo começou, na verdade, em dezembro de 2007, no primeiro seminário promovido pelo MinC. ECAD e sociedades sempre foram convidados e lá estiveram. Um projeto foi elaborado, depois de uma consulta pública, cujo prazo foi prolongado. De lá até aqui são cinco anos. Não é tempo suficiente?
Da leitura do projeto, no dia 26, até a votação na CCJ, deu-se uma semana. O ECAD teve tempo suficiente para apresentar emendas, tanto que o fez. E algumas foram aceitas. Como, então, Fernando Brant diz que houve um golpe e que não houve tempo para discussão e envio de propostas? Será que ele quer se justificar por não ter estado lá? Ou então pelo fato do ECAD, mesmo dispondo de 25 profissionais em seu departamento jurídico e mais 53 escritórios terceirizados contratados, não ter tido competência e agilidade para fazer propostas ? Ou será que todo esse staff estava mais ocupado e interessado nas 5.155 ações na justiça, na quais os ECAD está envolvido, e que geraram no ano passado 185 milhões? A movimentação que aconteceu no senado no dia 3 de julho foi histórica . A classe acordou, Fernando. Cansou-se de ser enganada. Falta agora o ECAD acordar, descer de seu pedestal inatingível, seu castelo inexpugnável, e trabalhar, de fato, para os autores.
Tim Rescala
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domingo, 14 de julho de 2013
Os Mistérios da ECAD.
Artigo publicado no Terra Magazine.
Ecad diz que distribuição de direitos autorais cresce 73% em cinco anos
POR GLÓRIA BRAGA*
Oartigo publicado por Leoni e Tim Rescala no dia 26 de junho, “Classe musical precisa apoiar projeto de reforma da fiscalização de direitos autorais, defendem grupos de artistas”, poderia ter surpreendido qualquer leitor desavisado com “denúncias bombásticas” sobre a atuação do Ecad, menos aqueles que conhecem os detalhes do relacionamento dos dois músicos com o Ecad e as associações de gestão coletiva musical que o compõem.
Leoni e Rescala discorreram, sem qualquer fundamento, sobre uma suposta gestão fraudulenta do Ecad, o que não foi comprovado pela Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no Senado Federal, que analisou durante quase um ano as atividades da instituição. Seguiram afirmando que as supostas fraudes impactaram na arrecadação de direitos autorais e na relação com os usuários de música. Puro factóide. Se assim fosse, o Ecad, baseado no trabalho sério que realiza, não teria batido novo recorde de arrecadação e distribuição de direitos autorais em 2012, beneficiando milhares de titulares de música.
Só em 2012, a instituição distribuiu mais de R$ 470 milhões a 106.336 titulares de música (compositores, intérpretes, músicos, editores musicais e produtores fonográficos) e associações. Nos últimos cinco anos, a distribuição de direitos autorais cresceu 73%. Tudo isso sem qualquer participação ou incentivo do governo brasileiro. O Ecad também luta no Judiciário contra grandes usuários de música que insistem em desrespeitar o direito autoral dos artistas, entre eles, a TV Globo, segunda maior rede de TV comercial do mundo e empresa para a qual Tim Rescala presta serviços como compositor de trilhas sonoras. Em valores atualizados, o débito da TV Globo com a classe artística ultrapassa 2 bilhões de reais.
Os artistas são prejudicados pelo não pagamento de direitos autorais ao Ecad, que fica inviabilizado de distribuir aos compositores a devida retribuição pelo uso das suas músicas. Eles poderiam receber muito mais não fosse a inadimplência de grandes usuários de música, entre eles, TV Globo, Rede TV, 96% das TVs por assinatura (coincidentemente, foi a ABTA – Associação Brasileira de TVs por Assinatura – que moveu processo contra a gestão coletiva no Cade) e o próprio Estado brasileiro, que não paga pelas músicas diariamente executadas pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e pelo sistema Radiobrás, estas últimas estatais no segmento de Comunicação que, sendo empresas públicas, deveriam ser as primeiras a dar o exemplo de respeito à Cultura do país, mas não o fazem.
Leoni e Rescala demonstram desconhecimento quando criticam as taxas administrativas praticadas pela gestão coletiva no Brasil (sendo 17% para o Ecad custear suas atividades em todo país e 7,5% destinados às associações integrantes). Em recente estudo realizado por Gesner Oliveira, doutor em Economia pela Universidade de Berkeley (EUA) e ex-presidente do Cade, foi comprovado que a média mundial de taxas administrativas de associações que têm atuação similar ao Ecad é de 29%. No Brasil, um país com dimensões continentais, a gestão coletiva permite que sejam diluídas entre as 9 associações que integram o Ecad os custos operacionais dos serviços prestados, de forma igualitária, pelo Escritório Central. Quanto aos valores de direitos autorais praticados pela gestão coletiva, eles são baseados em critérios adotados mundialmente, e estão expostos, há anos, no site do Ecad.
Quanto às ações na justiça, o número de ações é cumulativo e representa pouco mais de 1% do universo de usuários cadastrados no Ecad. Vale frisar que todos os esforços de negociação são feitos pelo Ecad para que isto não ocorra. O funcionário da instituição visita o usuário de música, esclarece sobre a importância do pagamento dos direitos autorais, entrega materiais, faz inúmeras tentativas de acordo para que a questão não chegue ao Judiciário. Mas quando o Ecad move ações na Justiça contra usuários de música inadimplentes é para preservar os direitos dos artistas, que são altamente prejudicados quando suas músicas são executadas e nada recebem por isso.
Sobre a acusação de que "O Ecad age como empresa", é importante lembrar que qualquer organização, com fins lucrativos ou não, deve adotar práticas empresariais de gestão e qualidade; graças a elas, no caso do Ecad, os resultados da distribuição dos valores aos titulares de música têm crescido a cada ano, como fruto dos investimentos feitos em qualificação das equipes, tecnologia, controle dos processos e comunicação com o público. Quanto à premiação (PPR), os 880 funcionários do Ecad foram contemplados por terem ultrapassado as metas estipuladas, cumprindo o que determina o Acordo Coletivo de Trabalho. O Ecad fica surpreso com a preocupação de Tim Rescala com seus colegas de classe, já que recentemente, ele, sozinho, pleiteou indevidamente na Justiça o valor de 70 milhões de reais. Seu pedido foi rechaçado pelo Poder Judiciário.
A conta apresentada acerca da quantidade de titulares beneficiados mostra total desconhecimento da gestão por parte dos dois músicos. O argumento é demagógico: o Ecad afere o que é executado. Não cabe ao Ecad a decisão sobre a programação musical de emissoras ou eventos. Dessa forma, essa crítica deve ser direcionada, por exemplo, para as redes de TV brasileiras que, apesar de concessionárias de serviço público, em 2012 somente executaram músicas de cerca de 40 mil titulares – por que não executam músicas de todos os titulares? A regra é simples: o que for executado na televisão será distribuído aos artistas titulares das músicas tocadas. O Ecad é um "espelho" do que é tocado.
Em seguida, mais um equívoco: as associações UBC e Abramus representam, sim, cerca de 80% do universo musical brasileiro, mas essa representatividade decorre dos valores distribuídos para seus milhares de associados em todo o país. Importante lembrar que cada titular tem liberdade para escolher entre as 9 associações que integram o Ecad. Distorcer esta informação é só mais uma tentativa de difamar o trabalho realizado pela gestão coletiva em prol da coletividade de artistas representados por ela. Também vale observar que editoras e gravadoras possuem direitos decorrentes de contratos firmados com os artistas, como os próprios Leoni e Tim Rescala. A soma dos direitos decorrentes dos contratos firmados ao redor do mundo com todos os artistas faz com que essas empresas recebam mais do que um único autor individualizado, já que representam centenas ou milhares de artistas. Não existe mistério nesta lógica. Isto acontece em todo e qualquer lugar do mundo em que exista a gestão coletiva e coexistam editores e autores ou produtores fonográficos e intérpretes/músicos.
Vale ressaltar que o ranking divulgado anualmente pelo Ecad se refere às pessoas físicas que mais recebem direitos autorais o que, de fato, é de interesse do público. Isso é informado no momento de sua divulgação. Não existe qualquer espécie de "segredo", nem no Ecad nem nas associações, quanto às distribuições efetuadas a gravadoras e editoras. Tanto é assim que Leoni e Tim Rescala, mesmo tendo livre acesso a esses valores, deixaram de analisar o gráfico abaixo que demonstra que as pessoas físicas representam 65,82% do total distribuído em 2012 enquanto as pessoas jurídicas correspondem a 34,18%.
A respeito da condenação do Cade, todos os fatos e argumentos, jurídicos e técnicos contrários às alegações feitas, embora rechaçados pelo Cade, foram finalmente recepcionados pelo poder Judiciário, que recentemente deferiu uma liminar ao Ecad suspendendo, temporariamente, os efeitos da nefasta decisão do Cade. Não cabe, portanto, neste momento, o enaltecimento de uma decisão que está pendente de apreciação pelo Judiciário.
A propósito da fiscalização/regulação/mediação, tecnicamente falando, seria ideal que houvesse uma pesquisa que comprovasse o argumento dos autores, uma vez que não há qualquer sinalização técnica que garanta que uma regulação ou fiscalização estatal irá propiciar o aumento dos valores arrecadados. Aliás, 70% da tabela dos valores de direitos autorais praticados atualmente pelo Ecad foram aprovados pelo CNDA (Conselho Nacional de Direito Autoral), quando o mesmo ainda existia.
Infelizmente, os articulistas demonstram ter conhecimento restrito dos procedimentos de gestão. Esperam a tutela do Estado, enquanto não apenas eles, mas toda a classe musical, poderiam exercer livremente seus direitos constitucionais de administrar as suas associações, seguindo as regras estatutárias que criaram ou às quais aderiram quando se filiaram. Por fim, o Ecad lamenta que os autores do artigo imaginem que as informações prestadas pelos usuários de música são confiáveis ou suficientes para a distribuição de direitos autorais. É lamentável: basta ver as planilhas enviadas pelas emissoras de TV e rádio, que são constantemente auditadas pelo Ecad, que detecta invariavelmente inúmeros erros na identificação das músicas executadas e muitas omissões de execuções realizadas. Caso não fossem detectados pelo Ecad, tais erros poderiam causar prejuízos consideráveis a vários titulares cujas músicas foram de fato executadas e beneficiar os titulares apontados pelas emissoras.
Por fim, informamos que o Ecad continua à disposição para demonstrar com números, fatos e farta documentação que as alegações contidas no artigo de Tim Rescala e Leoni não se sustentam.
* Glória Braga é Superintendente Executiva do Ecad
sábado, 13 de julho de 2013
HOJE É DIA DO ROCK.
Esse gênero, filho do blues e do country, é mais novo que eu. Quase esqueço seu aniversário. É um jeito muito especial de se tocar, vibrar, extravasar, uma catarse. O rock limpa a alma, quando é preciso.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
Mario Adnet (Um Olhar Sobre Villa-Lobos)
Jamais negar a criatividade de Mário Adnet mas, nesse disco ele mergulha melancólico, triste, ralentando, deixando de lado a vibração do Villa, com a licença de tratá-lo com essa liberdade, Villa, mas já incorporado ao patrimônio popular dessa nossa terra, uma usina sonora do país.
Não há como deixar de resgatar a lembrança do até hoje inovador disco de Egberto Gismonti, Trem Caipira, de 1985.
Mergulha-se e retorna-se para o fôlego.
(Rogério Coimbra).
quinta-feira, 11 de julho de 2013
quarta-feira, 10 de julho de 2013
quinta-feira, 4 de julho de 2013
domingo, 23 de junho de 2013
quarta-feira, 17 de abril de 2013
domingo, 7 de abril de 2013
terça-feira, 2 de abril de 2013
quinta-feira, 14 de março de 2013
quarta-feira, 13 de março de 2013
sábado, 9 de março de 2013
quinta-feira, 7 de março de 2013
segunda-feira, 4 de março de 2013
domingo, 3 de março de 2013
sábado, 2 de março de 2013
sexta-feira, 1 de março de 2013
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
Ester Mazzi, 68.
A resistente e envolvente Ester Mazzi, intérprete e compositora, faz hoje 68 anos. Foram anos passados de muita construção de uma imagem de singeleza e de bom gosto pela música.
Aqui, o seu grande sucesso. Parabéns.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
sábado, 23 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
sábado, 2 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
UM PRESENTE NAS ALTURAS: Disco completo de Herbie Hancock gravado há 50 anos.
- Um presente para os jazzófilos. Uma gravação rara, completando 50 anos, reunindo Herbie Hancock (piano) Paul Chambers (baixo)Willie Bobo (bateria e timbales) e Oswaldo Martinez (percussão).
Gravado no Van Gelder Studio, em agosto de 1963.
Faixa 1- Succotash (7h40m)
Faixa 2 -Triangle (11h01)
Faixa 3 -Jack Rabbit (5h57m)
Faixa4 -Mimosa (8h38m)
Um trabalho intrigante que oferece uma beleza rítmica e melódica consolidando então a certeza das grandes viagens que HH faria em sua carreira, sóbria e poderosa.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
ESPETACULAR: KRUPA+ ELDRIDGE+ ANITA O´DAY
Há 71 anos atrás, o bom e eterno jazz. Três ícones. A banda de Gene Krupa com os novatos Roy Eldridge (trumpet) e Anita O´Day (vocal).
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