sexta-feira, 18 de março de 2016
Os Cariocas, por Edivaldo Sposito.
Nada tem mais a cara do Rio de Janeiro – musicalmente - do que Os Cariocas.
João criou a batida e trouxe os acordes impressionistas para samba. Tom foi o Maestro Soberano. Menescal é a própria bossa de barba e violão. Mas, ninguém deu mais balanço, harmonias vocais e o clima otimista à Bossa Nova do que Os Cariocas.
Isto se deve à ideias originais do fundador do conjunto: Ismael Netto e à continuidade dada - após seu desaparecimento, em 1956 - por seu irmão; o cantor, músico e arranjador Severino Filho, que deixou a música brasileira de luto ontem, com a sua mudança para o andar de cima.
Os Cariocas tiveram 9 formações, desde sua criação, em 1946, e em todas ele esteve presente. Após assumir sua direção, em 1956, Severino era sua verdadeira alma.
O auge do conjunto aconteceu no período da Bossa Nova, registrados nos clássicos 6 LPs gravados para o selo Phillips. Do primeiro álbum desta série: “A bossa d’Os Cariocas”, “Amanhecendo” [ Menescal & Lula Freire].
AMANHECENDO
Nas águas desse rio indo para o mar
Iremos navegando sempre sem parar
E vendo tantas nuvens brancas no azul
Esquece a madrugada triste que passou
O dia está nascendo, vem olhar o sol
As aves vêm voando pelo nosso amor
Repare a poesia, é tanta alegria
Não chora nunca mais
Vem, vamos amar em paz que o dia traz
Mil cores diferentes nesse amanhecer
Encantos que são vistos só por quem amou
Iremos navegando sempre sem parar
O dia está nascendo, vem olhar o sol
As aves vêm voando pelo nosso amor
Repare a poesia
É tanta alegria
Não chora nunca mais
Vem, vamos amar em paz
Vem, vamos amar em paz
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