quarta-feira, 28 de março de 2012

ADEMILDE FONSECA, NAS ALTURAS.

Ademilde Fonseca, uma das vozes mais populares do Brasil, dona de uma técnica invejável, cantou até aos 91 anos. Ontem, dia 27, ela partiu para As Alturas. Ela foi quem popularizou o choro através da forma cantada desse estilo tradicional. Ademilde Fonseca, inesquecível.

sexta-feira, 23 de março de 2012

CHICO ANYSIO, NAS ALTURAS.

Partiu hoje para as Alturas, aos 80 anos, Franscisco  Anysio de Oliveira Paula Filho, que além de ter sido um dos maiores humoristas que o Brasil conheceu, era bom de música também.
Fiquem com uma composição sua, em parceria com Nonato Buzar, "Rio Antigo", com Alcione e Márcia Chagas.





terça-feira, 20 de março de 2012

ERNESTO NAZARETH, 149 ANOS.

O Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro, começa hoje a apresentar o que será o mais completo site sobre Ernesto Nazareth (1863-1934). Até 20 de março de 2013, data do sesquicentenário do pianista e compositor, o endereço www.ernestonazareth150anos.com.br será alimentado de textos, fotos, partituras e gravações de todas as 211 músicas do grande artista carioca. O IMS guarda o acervo de Nazareth, e a página também contará com material do biógrafo Luiz Antonio de Almeida, responsável pela linha do tempo que estará no ar.
Ernesto Nazareth(20/03/1863)
                                       

segunda-feira, 19 de março de 2012

ELIANE GONZAGA JÁ SABIA.

Sinuosa canção de Chico Buarque, extraída de seu novo disco "Bastidores", com a despretensiosa e delicada leitura da dupla Elaine Gonzaga e Victor Humberto.
 
                       

quinta-feira, 15 de março de 2012

HAMPTON HAWES: Uma Informação.


Natural born piano player. I read that he was born with a 'birth defect' that plastic surgeons corrected a few days later - the beginnings of a 6th finger on each hand. So he must have been developing to be a great pianist in his mother's womb. His mother played the piano and used to sit him on her lap in front of the keys when he was a baby and that's how he learned to play piano. Don't think he ever took lessons because he couldn't read music. Natural born genius piano player.

HAMPTON HAWES: ESSE É DOS MEUS.

terça-feira, 13 de março de 2012

SÔNIA CABRAL.



    Sônia, Maria Ferrari, Cabral, perpétua.


Sônia Cabral partiu hoje de Vitória para bem longe. Foi uma antiga colega de trabalho na Fundação Cultural do Espírito Santo por mais de quinze anos. Pianista, professora de música, ex - Diretora da atual Faculdade de Música do ES - FAMES, ocupou a função de Coordenadora de Música Erudita desde 1976 no órgão com a idéia de criar uma orquestra sinfônica com músicos capixabas. Lutou e conseguiu. Tive o privilégio de trabalhar com ela e acompanhei sua garra em introduzir a chamada música clássica na cena local. A atual OFES é fruto de sua luta.

 Seu programa dirigido às crianças, semanalmente no Teatro Carlos Gomes, intitulado “Música Para Jovens”, foi um sucesso. Realizou Festivais de Música Erudita. Nomes célebres estiveram em Vitória graças a ela: Madalena Tragliaferro, Lycia De Biase, Luiz Henrique Senise, Nelson Freire, Aleida Schweitze, Jerzy Milewski , Tânia Guarnieri, Arnaldo Cohen, Eleazar de Carvalho, Norton Morozowski, Ernani Aguiar e tantos e tantos.

Mãe de dois filhos talentosos e também pianistas, Manolo e Manoela, teve a dor de mãe ver seu filho Manolo partir antes dela. Manoela, mesmo tocando, sobressai-se hoje como escritora.
Porém o que mais hoje sobressai é a dor do sempre companheiro Marílio.

Sônia  Maria Ferrari Cabral Perpétuo agora descansa, mas sua luta pela difusão da qualidade da música entre nós não vai diminuir.

Sônia Cabral, agora, passa a ser perpétua.

segunda-feira, 5 de março de 2012

125 ANOS DO VILLA. O GOOGLE AVISOU.



Confesso que depois do esquecimento dos 120 anos de aniversário do Villa ( que intimidade- ele a permitiria), quase esqueci seus 125 anos, comemorados hoje. O Google lembrou. Pelo menos em novos tempos existe  o tempo da lembrança, da memória, da história. E da internet. E dos gênios simpáticos.

Abaixo, um texto dos 120 anos. Villa Lobos, eterno.

Villa-Lobos – Sempre.

Confesso que me escapou  a data de comemoração dos 120 anos de Heitor Villa-Lobos, dia 05 de março último.  Aliás, não me lembro de ter visto na mídia nada a respeito a não ser em A Gazeta, em matéria assinada pela sensível Gisele Arantes, mas o assunto me foi alertado por Nenna, sempre ligado. Verdade, verdade, eu é que ando mesmo meio desligado da mídia oficial, a não ser aquela que se estampa na tela do meu monitor.  Por isso é que se chama a outra mídia de alternativa, como o é o site www.taru.art.br.

Heitor Villa-Lobos vai além da música: ele passa pela cidadania do brasileiro, tendo sido capaz de introduzir o ensino da música na rede oficial de ensino da década de 40 (já abandonada).  Pobre brasileiro que pouco sabe de si mesmo, mas que teve entre os seus um homem da envergadura de Villa-Lobos cuja obra é a síntese do povo brasileiro e de seu ambiente, sempre em constante ebulição.  Assim é a música do Villa: ebulitiva.

Para ilustrar o artigo de Nenna, com a importante revelação de que a peça Choro nº 12 teve elementos básicos na sua concepção a partir de pesquisa do mestre em solo capixaba, e somar mais informações ao privilegiado leitor de Taru, transcrevo abaixo trecho de livro de José Louzeiro que cita a passagem de Villa-Lobos pelo Espírito Santo.

“Villa-Lobos começou sua viagem por Vitória, no Espírito Santo. Impressionou-se com a beleza do vale do rio Doce, os rouxinóis, curiós e pintassilgos, com os beija-flores.  Pelegrinou de cidade em cidade, tocando violão, ganhando uns trocados e conhecendo pessoas, ouvindo os músicos de cada lugar, participando das danças dos caboclos e de suas cantorias, como nos tempos em freqüentava a pedreira da Glória, onde as meninas brincavam de roda e cantavam ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar ...

No caderno de viagem e na vaga da pensão mais ordinária, fazia anotações.  Recolhia letras de cantigas, registrava os falares dos camponeses e pescadores, com suas canções de trabalho, procurava descrever certos instrumentos musicais, produzidos em madeira ou casca de coco, divertia-se com o fenômeno do eco, na grande extensão do vale, demorava-se nas feiras livres de Vila-Velha, Cariacica e Cachoeiro de Itapemirim.  Relacionava-se com os imigrantes suíços, alemães e açorianos, aventureiros como ele, que lá estavam para enriquecer com os frutos da terra, enquanto o futuro compositor pretendia fazer fortuna cultural, a partir da musicalidade daquela ensolarada região.

Após alguns concertos em casas de ricos fazendeiros com músicas dele próprio e dos chorões, seus companheiros, pôde comprar uma passagem de terceira classe e seguir navio para Salvador, na Bahia.” (José Louzeiro – “Villa-Lobos, O Aprendiz de Feiticeiro” – Ediouro, 1998 – págs. 41 e 42)

Rogério Coimbra
22/03/2007