segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

RÁDIO ESPÍRITO SANTO.



Fiquei fora do ar: a culpa é do sinal da internet e não das velhas válvulas que velavam minha vida. Só soube depois que Danilo Souza lançou um livro contando a história da Rádio Espírito Santo. Perdi o lançamento e lamentei, pois vivi por mais de uma década como vizinho dessa antiga emissora. Quando se criou a Fundação Cultural em 1970, ela foi agregada à instituição; nela trabalhei por 35 anos considerando seus desdobramentos. No Setor de Promoções utilizávamos os estúdios da rádio para gravação de spots e mensagens sobre nossos eventos. O prédio era dividido ao meio: metade para a rádio, metade para a Fundação Cultural. Para acessá-la passávamos pela recepção, um campo neutro; eram dois mundos diferentes. Havia muita camaradagem do lado de lá. Em comum só havia aquele enorme pátio, com campo de futebol, estacionamento e depósito de ferro velho; até circo lá foi armado. Triste lembrança é a de um Chevette destruído num acidente e que levou embora Gilson Félix; tínhamos que conviver com aquele carro retorcido e com a saudade do dinâmico repórter esportivo.

Os radialistas, entre os quais me incluía, pois lá apresentei o programa “Em Tempo de Jazz”, considerando jornalistas, locutores,  técnicos, discotecários e o pessoal do comercial, lembro-me bem de Helena de Almeida, Victor Allen, Lena Mara Siqueira, Veloso, João Luis Caser ,Lena Borges , Renato Fischer, Gilda Soares, João Batista, Moacir Guizan, Ana Paula, Edson Silva , Heraldo Muniz, Paulo Duarte, Clóvis Mendonça, Wenceslau Gomes, Eleissson de Almeida, Marien Calixte, Jairo Maia, Edu Henning, Wanzeler, Coutinho, Xavier, Ademir, Tolete, Alonso, Cícero, pai, Cícero, filho, Cupertino, Cypreste, Valberto Nobre, Danilo Souza, Afonso Abreu, Pedro Anísio, Renato Saudino, Paulinho Santana, Edir Costa,Maurício de Oliveira, Adam Emil, Epichinn, Magno, Bogéa, entre tantos. Mas são dois os que sempre admirei como profissionais de rádio: os mestres Oswaldo Oleari e Olívio Cabral.

A PR-I9 já não é a companheira de todas as horas, mas está no ar.  Até hoje é incompreensível, como uma emissora chapa branca nunca conseguiu transformar-se em FM. Luiz Eduardo Nascimento até que tentou. Os tempos são outros.

2 comentários:

  1. Rogério, obrigado pela lembrança. O seu exemplar está reservado. Espero um contato para combinarmos a entrega(9982-4395 ou danilosouza@rtv.es.gov.br. Sem presunção, você me conhece, o livro resulta no primeiro lugar de memória consolidado da Rádio Espírito Santo, lembrando o trabalho dos pioneiros e dos protagonistas da história da emissora pioneira entre nós. Relatos orais, documentos, fotos e notícias publicadas em jornais e revistas compõem as 392 páginas, por meio das quais o leitor é convidado para uma viagem no tempo que remete à Era de Ouro do Rádio e a contribuição do Estado para esta época tão emblemática, desembarcando em 2010, quando a emissora completou 70 anos de existência. Um grande abraço, Danilo Souza.

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  2. Azul -brilhante é o seu artigo (grande artigo de capa ! ) no Caderno PENSAR. Nas etéreas alturas , Milles Davis deve estar a rejubilar-se . Melhor opinião ,ali, foi mesmo a do Garibaldi Magalhães. Mil parabéns, Rogério Coimbrasil ! (Marcos Tavares)

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