segunda-feira, 4 de abril de 2011

BLINDFOLD TEST, ADEUS.




Blindfold Test é uma seção que a revista DownBeat, especializada em jazz, publica há décadas. Trata-se de colocar uns quatro ou cinco discos para que um músico conhecido identifique quem está tocando e fazer um comentário.

Em sua última edição, abril de 2011, o pianista Fred Hersh conhecido de todos nós acertou 80%, ou seja, cravou os nomes de Bill Evans, Art Tatum, Andrew Hill, Horace Silver. Até aí, até eu. Não acertou os nomes de Jason Moran e Vijay Eiler. Também, nem João Luiz Mazzi ou Reinaldo, o Pres, membros do tradicional Clube das Terças de Vitória conseguiriam.

Aliás, nos almoços anuais de fim de ano do clube, promovidos por John Lester, “blindfoldtests” são servidos como sobremesa. Falsa modéstia, consegui significativos trunfos, prova são os diversos CDs dados como prêmio que engordam minha discoteca.

Agora pasmem: o iPhone da Apple tem um programa capaz de identificar qualquer música em execução; basta aproximar o aparelho da caixa de som e, pimba, aparecem os créditos. Não cheguei ainda ao nível de portar um iPhone e nem sei se vou fazê-lo, portanto, não sei se ele pode identificar pianistas, flautistas ou a mãe de bateristas, os quais, segundo o Pres, não possuem progenitora.

Sabem o nome do programa? Shazam, isso mesmo, o grito transformador do Capitão Marvel. A tecnologia está mexendo com o meu imaginário. Não vale essa fazer com que o meu herói mele minhas brincadeiras. Adeus “blindfoldtests”. Acabou-se o que era doce.


11 comentários:

  1. Interessante isso!

    ps.: O Pres. é muito radical, né? rsrsrs...

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  2. Olá Rogério,
    Ainda não me animei a testar o Shazam.
    Mas já tenho no Iphone o Google por voz (não é preciso digitar um assunto, basta falar, com índice de acertos elevadíssimo) e o Google por imagem (tiro uma foto da lata de Coca-Cola e o programa devolve informando ser a Coca-cola, nascida em ..., tal lugar,... toda a ficha técnica).
    Esse da imagem, só consegue identificar imagens importantes, conhecidas, mas o banco de dados será ampliado e, suponho, vai buscar as fotos do Facebook, etc. Logo logo tudo estará explicitado.
    A música, via Shazam, deverá percorrer (ou estar percorrendo) o mesmo caminho. O banco será ampliado infinitamente.
    Abraço, Victor

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  3. Mr. Figbatera,
    é um prazer tê-lo nas alturas.
    O Pres não chega a ser radical; um pouco teimoso, digamos.
    Talvez ele faça parte da ACJSPC, criada pelo Reinaldo, do Casseta e Planeta - Associação dos Críticos de Jazz Saudosistas Pra Cacete. Mas ele tem todo o direito
    Esse Shazam identifica músicas e pode ser útil num concerto, por exemplo, quando a amésia da terceira idade bate: "como é mesmo o nome desse tema ? "
    Sua performance em Vitória foi muito elogiada.

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  4. Caro Victor,
    Tudo acaba sendo mais uma diversão. Gostaria de saber quando houver plágio o Shazam vai indicar qual é qual? Não há tanto plágio por aí?

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  5. Fala doutor!
    O shazam não é o único aplicativo para iPhone/iPad capaz de identificar musicas, existe outro que descobri recentemente (soundhound) que funciona do mesmo modo porém com uma funcionalidade muito interessante. Vc pode cantar a Musica que ele identifica tb. Se não souber cantar tb não tem problema, pode murmurar, humhurar, assoviar no ritmo que ele tb identifica com um grau de precisão que Me surpreendeu muito. Essa tecnologia vai longe!

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  6. Fala Profesor Masterchief:
    Temos novidades então, com esse soundhound ? Esse deve ser para os ruins de “ouvido”.

    Há uns 40 anos (êpa) trabalhei num grande estúdio profissional no Rio e lá já havia os comentários de que as então recentes gravações de Frank Sinatra estavam sendo tratadas no estúdio com moduladores, pois The Voice já estava titubeando. No meu próprio as gravações de um famoso compositor/cantor e depois escritor, já tinham tratamento especial pois desafinava muito. Recentemente temos o Pro Tools que até me permitiria entrar num estúdio e gravar um disco. É a tecnologia, infinita.

    Agora esse soundhound deve ser bom pros desafinados ou para os que já estão melosos depois de algumas doses.
    Dê notícias.

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  7. Coimbra,
    Tenho um amigo que tem o Shazam no IPhone e o negócio é impressionante. Coloquei umas 10 músicas (Lee Morgan, Bill Evans, Duke Ellington e uma cacetada de outros) e o bichinho não errou uma!
    Dá vontade de comprar um IPhone e andar com ele, sobretudo no carro, pois gravo meus cds (não coloco meus originais no carro nem que a vaca morra de tuberculose) e depois não sei quem é que tá tocando, qual o disco, o nome da música (blindfold comigo é "rúim").
    Mas é muito legal e dá prá brincar adoidado!
    Abração!

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  8. Cara, o tal do Shazam é incrível mesmo. Testei com Glad do Traffic e com uma bobagem Big Girls Don't Cry que tocava no rádio, em segundos identificou com ficha técnica e o escambau. Minha nossa.

    Imagine quando chamarem o Surfista Prateado. Vai ser a maior onda.

    abs
    Milton

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  9. Assim não dá. E eu que não tenho IPhone amigo para brincar. Também quero bancar o São Tomé.

    Não sabia que a coisa chegava junto a Lee Morgan, Bill Evans e mesmo o Traffic. Ficha técnica ???!!
    Então, adeus blindfold test.


    E o soundhound,sugerido acima pelo Masterchief, não vão experimentar ?

    Com uma pontinha de inveja, por não ter acesso ao brinquedinho, um abraço ao maranhense Cordeiro e ao carioca Milton.

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  10. Realmente a vida se transforma, como o Capitão Marvel, e, a Mary Marvel, que ninguém fala dela.

    A gente se acalma e ouve, ou, Traffic, ou Bill Evans. Recolham seus discos para o player e relax.

    Elisa.

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  11. Elisa, você é dese tempo, da Mary Marvel ?
    Revele-se, please.
    Obrigado pela visita.

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