segunda-feira, 6 de junho de 2011

PAULO BRANCO, UM CAVALEIRO DO ROCK.

           

                 

  Fiel a si mesmo e sobretudo ao rock, o camaleônico Paulo Branco retorna à estrada da música, após quase dez anos, para lançar seu terceiro CD, “Dias Estranhos”. Paulo César Fontinelli desvencilha-se de suas vestes burocráticas, como um herói o faz com sua identidade secreta, e surge com sua armadura de cavaleiro cuja espada é uma afiada guitarra. 

O príncipe capixaba do rock paga sua dívida aos admiradores desse estilo perene após estar tanto tempo longe das baladas. Reuniu-se com os melhores, entre eles Saulo Simonassi, (guitarra, a melhor das melhores) Gabriel Ruy (bateria),Fausto Lessa, (baixo) Roger Bezerra (teclados) e, seu filho, Davi, também guitarrista, compositor e cantor, e formou o grupo base. Há também vários convidados de peso revezando-se nos instrumentos, como o baterista Marco Antônio Grijó, o trompetista Daniel Dias, entre outros, além da participação especial de Wilson Sideral, na música “Rua do Nada”, um dos mais atuantes da cena atual do pop-rock brasileiro e que vem a ser irmão do Rogério Flausino (Jota Quest) o que credencia e autentica a qualidade do trabalho.


A música título dá uma ideia como o trabalho deverá desenvolver-se e apresenta uma letra focada no cotidiano sócio-político urbano, o que confirma o amadurecimento do autor. Todas composições são do próprio Paulo Branco, só ou com parceiros, exceto “Olhos de Espelho”, autoria de seu filho Davi que também expõe maturidade e musicalidade herdadas do pai. O conjunto de nove músicas inéditas (apenas duas não o são) ouve-se como uma crônica urbana sustentada numa contagiante trilha.



O lado lúdico e espirituoso está presente na música “Meu Rock´N´Roll” onde Paulo descreve seu amor ao rock com interessante sequência de palavras que é a própria construção desse estilo musical. Outro destaque é a homenagem emotiva ao jornalista Marien Calixte, “Don Marien”. O CD, como um todo, reúne belas canções, todas ungidas com o envolvente e sedutor espírito do rock.


Os arranjos são irretocáveis dada a simplicidade que o estilo demanda e sobretudo às vigorosas intervenções dos sopros e das guitarras em si. O epílogo desse trabalho não poderia ser mais conveniente, e não contraditório, com a sutil introdução à música “Over The Rainbow” seguida da vinheta “Rock do Sono”, incluídas no tema “Dias Muito Estranhos”, onde se destaca um típico solo R&B do competente saxofonista Sérgio Rouver.


Este CD não tem nada de estranho, é puro roquenrou!



O lançamento de “Dias Estranhos” está previsto para o final do mês de julho, no Jazz Café, na rua Joaquim Lyrio, Praia do Canto, Vitória. Preparem-se.



Fiquem com a faixa título:
                                     

17 comentários:

  1. Gostei de seu texto Coimbra e também gosto de um bom rock de pura raiz. Pena que só ouvi uma música; legal, assim como a letra, roqueira, maneira.
    Haja baseado na mão do guarda na contra-mão do bafômetro.
    É uma brasa, é um abraço, mora !

    Ernani Salles

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  2. Quase que dancei sozinha.

    Um beijo.

    Elisa.

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  3. Tenho a honra de ser amigo de Paulo Branco, esse roqueiro capixaba incrível. Devido a isso, já tive oportunidade de ganhar uma cópia do seu terceiro CD, o que me permite afirmar e informar: é rock mesmo, da melhor qualidade, com arranjos super bem elaborados e interpretações vocais e instrumentais incríveis.
    Em meados dos anos 60, escutei emocionado, pela primeira vez, alguém tocando uma música minha. O gozado que foi ali, quase em frente da antiga casa de Rogério Coimbra - titular desse site. Ela que ficava perto do bar Miramar, na antiga Praia Comprida, que depois acabou sendo incorporada pelo termo Praia do Canto.O mar vinha até perto das castanheiras, que até hoje ainda existem por lá.
    Mais ou menos onde hoje fica o McDonalds, havia um calçadão, que tinha um porção de pedras para protegê-lo das ondas do mar.
    E foi sentado naquelas pedras, que o vi, com um violão, tocando a primeira música que fiz, quando tinha uns 16 anos. Uns 30 anos depois acabei fazendo uma letra para ela, que ele fez o arranjo e tocou no meu primeiro CD.
    Anos mais tarde, por volta de 1974, moramos juntos numa "república" em Ipanema, no Rio. Eu adorava vê-lo tocar suas próprias musicas, com destaque para "Triste manhã"; não tenho como não falar também em todas(eu disse todas!) as músicas dos Beatles e do seu maior ídolo Jonh Lennon, que ele tocava e cantava com perfeição.
    Quando ele voltou para Vitória passou a fazer uma porção de músicas com meu querido irmão Afonso Abreu. E em 1999 coloquei a letra numa linda melodia dele, que ganhou o nome de "Anos 2000: por que não ousar?", que é faixa de abertura do meu segundo CD. Na letra utilizei algumas idéias contidas em "Imagine", de Lennon, citando a fonte e oautor no próprio texto.
    Foi com muita alegria que saí do Rio e fui pra VIX exclusivamente para os lançamentos dos seus dois primeiros CD´s. E certamente estarei aí para lançar o seu terceiro disco, "Dias estranhos", que acredito ser o top de linha, o mais maduro e o melhor interpretado e arranjado. Ou seja, o nossso roqueiro está numa ascendente, com certeza. Parabéns, meu caro amigo Paulo Branco, por esse seu novo e extraordinário som, que enobrece ainda mais a música capixaba.

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  4. Grande Cláudio, bem-vindo.

    Excelente e corretíssimo comentário sobre Paulo Branco e sua música.
    Concordo sobre ser "Dias Estranhos" o mais maduro e completo trabalho do Paulo.
    Comentei com ele, brincando, que o disco dele não era "chato" e podia ficar rodando o dia inteiro sem incomodar. E é fato. É um trabalho super palatável.
    Então a gente se vê no lançamento.
    Não desapareça e obrigado pela visita.
    Um grande abraço.

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  5. Meus caros Ernani e Elisa:
    Sempre é um prazer tê-los aqui.
    A música do Paulo está muito gostosa e pode sim, ser dançada.

    Um grande abraço.

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  6. Pena que não dá pra ouvir mais.
    Gostei de você ter variado os estilos o que prova ser um homem de cuca fresca.
    E as historinhas ?
    Beijão, lindo.

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  7. Minha Santa,
    A cuca continua fresca. Encaro até um bolerão, mas, Axé, não, bem como reggae, que acho cansativo.
    Não me cansa o prazer de tê-la visitando o blog, apesar de você ter dado uma sumida.
    O roque de Paulo Branco é bem clássico o que o torna agradável.
    Um abração.

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  8. Olá Coimbra, sinto me tremendamente honrado em ser citado no seu blog... quero dizer também da minha satisfação e alegria em ter conhecido o Paulo Branco e ter tido a oportunidade de gravar em todos os seus 3 cds... no primeiro coloquei um dos meus primeiros solos como saxofonista profissional; isso não tem preço. Agora, sinto-me mais maduro (até pelo passar dos anos) e tendo novamente essa oportunidade, digo que sou uma pessoa abençoada. Obrigado Coimbra pela deferência e ao grande amigo Paulo por me dar essa oportunidade de ser seu amigo. Que venha o lançamento!!!

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  9. Jorn. José Maria Souzaquarta-feira, junho 08, 2011

    Caro Rogério
    Por um desses desvarios da vida que a gente não consegue explicar, mas que certamente nos levam a refletir e, por isso mesmo, com a depuração que só o tempo nos concede, passei alguns anos afastado do meu amigo e irmão Paulo Branco.
    Nosso reencontro, recente, foi celebrado com ele me presenteando com "Dias Estranhos". Amante do jazz, sempre fui arredio ao vigor do rock e aqui não cabe entrar em detalhes. No entanto, esta atual obra do PB arrebata do início ao fim mesmo os mais reticentes como eu. Como você mesmo disse, é roquenrol puro, na veia e altamente palatável.
    Porém, maduro, creio que seja o termo definitivo que perpassa este momento mágico que ele e seu filho David vivem/dividem e que se materializa da primeira à última faixa. Destaco "Olhos de Espenho" e "Dom Marien". São obras primas, em minha humilde opiião.
    Um grande abraço Rogério, Paulo e David.
    Estarei presente ao lançamento no Jazz Café.
    Até lá.

    José Maria Souza
    Jornalista e músico amador

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  10. Caro Sérgio Rouver,

    Bom recebe-lo aqui. Se você gravou os 3 Cds de PB é provável que seja capixaba. Não o conheço pessoalmente mas impressionou-me sua performance num DVD o qual assisti do "Aurora Gordon", ou homenagem a Aprígio Lyrio, foi super legal. Eu o reconheci como bom instrumentista e muito inventivo no seu fraseado.
    Isso é o que importa a nós ouvintes: técnica e criatividade.
    De fato seu solo na faixa do PB "Dias Muito Estranhos" está fiel à escola dos grandes mestres do gênero.

    Seja sempre bem-vindo.
    Obrigado pela visita.
    Um abraço.

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  11. José Maria Souza,
    Não é bom compartilhar essa maravilha de trabalho de PB ?
    Concordo que a união de pai & filho(Davi) é emocionante. Filho de peixe, pai de peixe, muqueca capixaba.
    Aliás, você como jornalista, merece uma historinha:
    Em 1978, quando na ex-Fundação Cultural, criei um projeto chamado "Muqueca", com "u" mesmo. Inspirei-me na apresentação de Cartola, Roberto Nascimento, Afonso Abreu e Marco Antônio Grijó no Teatro Carlos Gomes. Perguntei-me- por que não fazer dobradinhas, ou seja, um de lá, ...
    de outro de cá.
    Mas, a grafia MUqueca gerou polêmica na imprensa, afinal o vernáculo diz MOqueca.
    Foi Paulo Branco que nos salvou então e daí toda publicidade saiu assim:

    Projeto Muqueca.
    MÚsicaQueéCapixaba.
    Morou, José Maria ?

    Obrigado pela visita.
    Um grande abraço.

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  12. Jorn. José Maria Souzaquarta-feira, junho 08, 2011

    Caro Rogério
    Diz um ditado indiano que quando as pessoas estão reunidas em prol de bons propósitos o universo conspira a favor.
    Daí a sacada de nosso irmão PB para decifrar a Moqueca com U e com isso ampliar o que os marqueteiros chamam de market share. E com a vantagem adicional da gratuidade - mídia espontânea.
    Obrigado pelas suas palavras e pela bela história.
    Prometo tornar-me um assíduo frequentador deste nobre espaço.
    Um forte abraço do
    Jorn. José Maria Souza

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  13. Prezado José Maria,

    Sua presença sem dúvida irá valorizar o conteúdo desse despretensioso blog.
    Seja sempre bem-vindo.
    Um grande abraço.

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  14. Rogério,

    Grato pelas suas palavras, mas tive que escrever pois PB merece todos os parabéns do mundo pelo seu incrivel terceiro CD. Aproveito para promovê-lo aqui a Maestro do Rock Paulo Branco!

    Confesso que fiquei surpreso com a sua explicação: Muqueca = MÚsicaQueéCapixaba
    Fantástico!!!

    Mas não posso conter a pergunta que não quer calar: quando é que você vai fazer o seu primeiro CD autoral?

    Poxa, Rogério, se eu que não sou do ramo, já fiz dois, na proporção você já está nos devendo, por baixo, no mínimo uns quatro... rsrsrsr...

    Que tal materializar toda essa sua energia? Já está mais do que na hora de você gravar suas musicas para que elas não se percam por aí.

    Uma grande abraço,

    Claudio Abreu

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  15. Enorme Cláudio,

    Nunca esqueci o que você havia me dito, sobre a vida, para materializar nossa energia. Foi sábia sua observação.

    Às vezes, entre uma copa e outra, penso: quem chamar, a quem confiar um material tão ingênuo. Os profissionais, e deles dependemos, são exigentes quanto ao tempo e dinheiro.

    Um dia chego lá, assim como bravamente você o fez.

    Não desapareça.
    Seja sempre bem-vindo.

    Um abraço.

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  16. Grande Rogério,

    Gostei muito ds sua expressão "entre uma copa e outra"... É um jeito bem brasileiro de dizer quatro anos. A essa altura do jogo, nós sessentões que já estamos por volta dos 25 minutos do segundo tempo, quantas copas ainda teremos pela frente?

    Deixa de enrolação, amigo Rogério. Faça um CD autoral para que seus amigos se encantem por suas músicas; e depois façam comentários pertinentes, tal como você faz com os dos seus amigos, com grande competencia.

    Ou seja, saia da platéia e vá para o palco. Afianl, você tem muito a mostrar lá de cima.

    Quanto à questões de ordem pratica, acho que a Lei Rubem Braga poderia lhe dar um boa ajuda financeira.

    Quanto a quem confiar o seu "material tão ingênuo", como você o definiu com um enorme excesso de modéstia, é facil: basta chamar o nosso maestro Paulinho Sodré que ele resolve tudo: transcreve e cifras as músicas, faz os arranjos, escolhe e convida os músicos e dirige as gravações.

    Depois chame o meu irmão querio e seu amigo e parceiro Afonso Abreu para ajudar na mixagem e pronto, é só mandar masterizar, pediar alguem para fazer o material grafico e mandar prensar.

    Quanto aos músicos e intérpetres, com certeza não irão faltar grandes opções - a sua maioria seus amigos - nessa nossa cidade querida onde o bom som habita e nos encanta.

    É simples mesmo assim, pode acreditar. Tirando a utilização da Lei Rubem Braga, a qual não pude usar por morar no Rio, foi como eu fiz.

    Rogério, chega de mas, mas. mas e vamos lá... rsrsrs...

    Um grande abraço,

    Claudio Abreu

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  17. Grandissíssimo Cláudio,

    obrigado pelas intensas palavras-elogio e sobretudo, palavras-incentivo.

    Independente da força que me dá, concordo com o potencial de Paulinho Sodré em transformar argila em ouro - ele que é um grande arranjador e já provou isso em vários CDs de músicos capixabas.
    Quanto ao seu irmão, Afonso, ele possui experiência bastante para potencializar qualquer produção e não apenas colaborar em meras mixagens, apesar de serem elas essenciais para o resultado final de uma gravação.

    Quanto às "copas", troquemos por "copos" e, assim, não tenhamos que esperar 4 anos e, sim, 4 minutos, também num jeito brasileiro de ser.


    Saúde !

    Grato, e um grande abraço.
    Saúde !

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