Turi Collura lança nesta sexta, 01 de abril, seu novo trabalho: "Conversa Na Vila". O evento acontece no no mezanino da Pão e Cia, na Av. Hugo Musso 1243, na Praia da Costa, às 19 horas.
Turi Collura, há oito anos apenas no Brasil, declara seu amor à música desse gênio carioca e o faz com merecida lisura ao lançar o CD “Conversa Na Vila”, nada de conversa fiada ou conversa pra boi dormir. Ao contrário. Com esmerada produção, direção e arranjos de Paulo Malaguti Pauleira, Turi deixa de lado sua virtuose pianística para sentar-se à mesa de um botequim, ao lado de sua companheira Neuzinha Escorel, cuja participação vocal, através de um delicado timbre, nos remete a uma atmosfera belle époque bem típica de cem anos atrás, quando nasceu o cronista do samba.
Há participações especiais como a do excelente grupo Arranco de Varsóvia num samba- rap- maxixado, o “Seja Breve”, a do competente João Schmid em “Cem Mil Réis”, e a bem humorada interpretação de Marcello Escorel em “Tarzan”, essas duas compostas com Vadico.
Há participações especiais como a do excelente grupo Arranco de Varsóvia num samba- rap- maxixado, o “Seja Breve”, a do competente João Schmid em “Cem Mil Réis”, e a bem humorada interpretação de Marcello Escorel em “Tarzan”, essas duas compostas com Vadico.
Somam-se ao repertório “Quem Ri Melhor”, “Mentir”, “Cidade Mulher”, num saboroso arranjo funkeado,”Filosofia”, com parceria de André Filho,”Fita Amarela” e “Até Amanhã”. Vale registrar a competência dos músicos Domingos Teixeira (violão), Márcio Hulk (cavaco), Zé Luiz Maia (baixo), Joana Queiroz (clarinete), Andrea Ernest (flauta), Edu Szajnbrum (percussão) e as vozes de Andrea Dutra, Cacala Carvalho, Paulo Malaguti Pauleira e do próprio Collura.
Genuína e legítima homenagem de Turi Collura ao amado e venerado poeta da Vila. O italiano rende na verdade um tributo à alma do povo brasileiro que por certo o bem acolheu nesta paisagem tropical. Algum santo repousou sobre si. Seria Papai Noel?
Deixei para o final o registro da última faixa, a única instrumental: a dolente“Último Desejo”, a minha preferida. É justo que num espírito melancólico tão igual criada pelo poeta, Collura expresse sua devoção, numa interpretação capaz de bem traduzir uma separação de amor , uma despedida, bem ao estilo de Noel. “ Conversa Na Vila”, é papo firme.
Parabéns ao Turi Collura, que vem aí com um disco de repertório bem brasileiro.
ResponderExcluirUm abraço.
Ester Mazzi