domingo, 13 de março de 2011

BLUE MITCHELL.



             Blue Mitchell( 13/03/1930 – 21/05/1979).



Um dos primeiros e inesquecíveis discos de jazz que ouvi foi “Horace- Scope”, aquele de capa amarela com uma enorme mão, capaz de seduzir e convidar um adolescente para viajar no jazz. Blue Mitchell estava lá ao lado de Junior Cook. Desde então sempre procurei os discos de Silver que tinha além da magia de um suingue fanqueado, uma dupla de sopros explosiva adornada com muito blues.

Richard Mitchell ganhou o apelido “Blue” assim que aprendeu o trompete na escola. Blue Mitchell tocou com Horace Silver de 1958 a 1964, quando o grupo se dissolveu. Ele nunca esteve à frente de grandes grupos mas deixou sua marca “blowing the blues” tanto que quando o jazz passou pela famosa crise comercial dos anos 70, Mitchell juntou-se a cantores como Ray Charles, John Mayall, Tony Bennett e Lena Horne, para sobreviver.

O puro Blue Mitchell está em quase todos discos do Horace Silver Quintet, cuja coleção completa meu compadre Marco Grijó possui , sendo ele um especialista em Silver. Richard Blue Mitchell faleceu aos 49 anos, em 1979, vítima de um câncer. Hoje estaria completando 81 anos.




Aqui quando Blue Mitchell tocava com Cannonball Adderley: " Blue Funk".

10 comentários:

  1. Grande Coimbra,
    Esse é fera mesmo. Gosto muito dos seus discos pela Riverside e pela Blue Note. Já escrevi uma resenha sobre ele no jazzbarzinho ( http://ericocordeiro.blogspot.com/search/label/Blue%20Mitchell ).
    O disco era o The Thing To Do e, prá variar, nosso amigo Predador não gostou muito :-) Segundo ele: "A fase na Blue Note a partir de 1964 foi, no meu entendimento "horrorosa", inclusive esse disco The thing to do, discordando diametralmente de você mr.Cordeiro.".

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  2. O Predador é assim mesmo, Mestre Cordeiro. Essa turma não busca prazer no jazz mas buscam defeitos (para eles)nos músicos que seguem seu rumo e os ameaçam esteticamente. Perdoai-os, eles não sabem o que ouvem.

    Pena que o Mitchell tenha sido mais um sideman.
    Vou checar sua resenha.
    Obrigado pela presença.

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  3. O Blue Mitchell junto com o Junior Cook, resolve tudo. O som é o disco “ Cup Bearers”, e, o outro, “Blue Moods”, com Wynton Kelly e Sam Jones- uma verdadeira aula. Quanto ao Predador, ele sempre morre no final, não é assim no filme ?

    Marco Antônio Grijó.

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  4. Compadre Grijó:

    Seu comentário é uma aula e uma honra neste blog.
    Pena que aqueles discos do Silver queimaram na estante e os outros surrupiaram em Jacaraipe.

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  5. Visitei a resenha no blog do Mestre Cordeiro BLOGJAZZ+BOSSA+BARATOS OUTROS. Curioso como Mitchell era "desconhecido" para muitos. Concordo que a fase da Riverside foi superior, aliás, a Riverside sempre foi um selo mais apurado que a Blue Note, melhor, mais purista. Mas isso não desqualifica o "profissionalismo" da Blue Note e nem é motivo de desespero. Enfim, bom lembrar de Mitchell. Meus vinis já se foram, resta recorrer aos CDs do compadre Grijó.

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  6. O assunto em questão é Blue Mitchell ou PREDADOR????? Parece que vocês estão se preocupando demais comigo e deixando em segundo plano seus comentários ou opiniões sôbre o músico resenhado. Mantenho minha opinião sobre o disco "The thing to do" e da fase horrorosa (a partir de 1964) de Mitchell na Blue Note e acrescento ainda: 1.com Horace Silver sua fase boa foi até mais ou menos 1960. Depois o "funk" imperou e o repertório desandou; 2. "Cup Bearers" não é um dos melhores álbums de Blue Mitchell para serem citados como referência. Como líder, seus discos principais mais importantes para o jazz foram "Blue's Moods", "Out of the blue". Cito ainda "A sure thing", "The Big 6", "Blue Soul", como álbums de destaque, comprovando o ótimo trumpetista que era(melhor mil furos acima de Miles Davis). Bom, já escrevi bastante, e, não cabe a mim ficar dizendo que se tem de gostar deste ou daquele músico, desta ou daquela gravação. Retrucando o que você disse, mr.Coimbra, não fico buscando defeitos em músicos ou músicas. Critico, como purista que sou, apenas o que acredito estar fora do contexto do jazz, respeitando acima de tudo o mais importante: o gosto musical de cada um. E, estamos conversado!!!!

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  7. prezado Rogerio

    alo e obrigado. conheci mr Blue Mitchell pessoalmente , passamos uma
    noite de farra em Baires , ele acompanhando a big band de Ray Charles.

    gente fina , grande músico

    obrigado

    Fernando Rueda

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  8. Grande Rueda, o Mitchell deve então ter passado pelo Rio ou São Paulo nessa excursão do Ray Charles.
    Não estarei em Vitória por ocasião do show de Tomás Improta e Leila Maria; vou checá-los no TribOz, na Lapa.
    Não desapareça.

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  9. ola rogerio,quem sabe vc consegue colocar ai no blog blue march tocada pelo blue mitchell?....é a melhor versao q ja ouvi da grande composiçao de benny golson.
    abç
    jola

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