sábado, 19 de março de 2016

Os Cariocas - Preciso Aprender A Ser Só (Edivaldo Sposito).






Completando o ciclo bossa-nova-de-raiz d’Os Cariocas, trazemos uma das pérolas do LP da Phillips “A grande bossa d’Os Cariocas”: Preciso aprender a ser só, de 1964 /1965.
Seus autores, como o conjunto, têm, também, sua origem na Tijuca – que, aliás, não fica, assim, tão longe do mar – Marcos Vale e seu irmão Paulo Sérgio Vale.
Inicialmente, o composição não teria letra, na opinião de alguns amigos da dupla, por acharem a melodia muito bonita. Mas, [tem sempre um “mas”] Paulo Sérgio propôs uma letra romântica que se ajustou ao espírito da melodia.
A música foi, originalmente, apresentada por Ellis, num show no Teatro Paramount, em 1964. Só em 1965 foi gravada: no LP Dois na bossa de Elis, Jair Rodrigues e Jongo Trio; e, no mesmo ano, pelo Marcos Vale, com arranjo do Eumir Deodato.
A esta se seguiram outras gravações com Alaíde Costa, Doris Monteiro e Pery Ribeiro, et alli.
Em 1975, Sarah Vaughan gravou com título de “If you went away”. Mas,
nós vamos mostrar – é claro – a gravação d’Os Cariocas, como sempre, com
arranjo da Severino Filho.
Curiosamente, a canção inspirou uma espécie de resposta “Preciso aprender e só ser”, de Gilberto Gil, em 1973.

PRECISO APRENDER A SER SÓ
Ah, se eu te pudesse fazer entender
Sem teu amor eu não posso viver
Que sem nós dois o que resta sou eu
Eu assim tão só
E eu preciso aprender a ser só
Poder dormir sem sentir teu amor
E ver que foi só um sonho e passou

Ah, o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor

Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Ah o amor
Quando é demais ao findar leva a paz
Me entreguei sem pensar
Que a saudade existe e se vem 
É tão triste, vê
Meus olhos choram a falta dos teus
Esses olhos que foram tão meus
Por Deus entenda que assim eu não vivo
Eu morro pensando no nosso amor
Por Edivaldo Sposito - Rádio Manhattan

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