Na Onda das Rádios.
Rogério Coimbra.
Sugiro que os menores de 60 não leiam esse texto para evitar que eu me embarace. Os nascidos entre os anos 1930 e 1950, um pouquinho para cima, um pouquinho para baixo, viveram intensamente o rádio. Em nossos lares só havia ele como mídia instantânea e o único vínculo com o mundo. A Rádio Nacional, a Rede Globo de então, marcou minha pré adolescência com nomes como o de César de Alencar, César Ladeira, Manuel Barcelos, Paulo Gracindo, Brandão Filho (Balança Mas Não Cai) Heron Domingues (Repórter Esso) Helena Sangirardi (Culinária), Álvaro Aguiar (O Anjo, seguido de Jerônimo, o Herói do Sertão) e o empolgante Jorge Cury narrando futebol.
Em Vitória, já na adolescência, bom era ouvir Eleisson de Almeida, Esdras Leonor, Jairo Maia e Oswaldo Oleari, e as programações de Edir Costa, Jair Batista e Pedro Vidigal. Depois vieram as FMs e a Cariacica saiu na frente com relativa qualidade e em seguida a Tribuna, bem superior à de hoje e finalmente a confusa Universitária. Essa atualmente conseguiu formar uma grade mais sólida e estável e vem a ser a única opção para se buscar programas de qualidade diariamente e, se ela existe no rádio o que interessa é a surpresa, com qualidade.
De segunda à sexta fico tranquilo quanto aos seguintes programas: o autêntico caipira de Fenando Palhares rompendo o dia, às 6 da manhã, o excelente Terra Brasilis com agradáveis surpresas da nossa música popular,às 8h, o Espírito Capixaba e o compromisso de Rogério Borges com a música do Espírito Santo, às 14h,e, o Rota 104, com memoráveis passagens do rock, às 18h. Nas noites de segunda o Clube da Boa Música, de João Paulo e Oswaldo Oleare e o Som do Jazz de Marien Calixte. As manhãs de sábado são irretocáveis, desde 6 h, passando por César Gonçalves até Mr. James. Domingo é o Brasil com o mestre Tarcísio Faustini. Minha outra opção é a noticiosa CBN. Isso para quem ainda ouve rádio, mesmo acima dos 60, porque hoje rádio é sinônimo de internet. Agora é que são elas.
Como curioso e ávido ouvinte, peço vênia aos congênitos da internet para listar alguns endereços na web de minha preferência. São milhões e milhões deles e ninguém está disponível o tempo todo para tais; prefiro eleger um por dia e deixá-lo como fundo de todas as minhas atividades domésticas, pausando-os quando necessário. Há sempre uma agradabilíssima surpresa.
Também gosto de voltar para casa, abrir a porta e ser recebido por uma surpresa sonora. Humildemente revelo meu cardápio e, quem quiser me sugira outros. São eles:
//pt.delicast.com/radio/jazz/ ou //pl.delicast.com/rádio/jazz ( São quase 600 canais)
www.wbgo.org ( muito jazz)
www.sky.fm/ ( bilhões de canais)
Como não posso perder tempo elegi três para eu bem poder aproveitar, principalmente porque eles dão os créditos e alguns exibem as capas das edições.
Radio_Swiss_Jazz (355) /www.radioswissjazz.ch/em (um leque de músicos originais e de europeus com direito à uma deliciosa locução)
www.wguc.org/ (clássicos clássicos, e os poucos conhecidos, com as referências)
http://radioio.com/genres/Classical-Jazz( boa variedade de jazz, swing, vocais, modernos, standards, etc. Como bônus, clássicos.)
Confesso: é muita coisa.
Enfim concluo que para muitos de minha geração, animais são os melhores amigos do homem, a mulher, o seu eterno desejo, e o rádio, a sua melhor companhia.
Aqui nos EUA ouco radio muito mais que escutava ahi. Sinto-me informada com OPB (Oregon Public Broadcast) uma estacao que nao tem fins lucrativos e eh sustentada por nos, o publico que contribue, nao o governo. Gosto tb. do fato que posso participar c/ minha opiniao. Gosto de ouvir jazz e aos sabados as 9hs. tem um dedicado a musica brasileira. Radio marca presenca no seu todo-dia.
ResponderExcluirEu